Saiba as principais informações do E-Prix, detalhes do circuito e o que esperar da quarta disputa do calendário.
A Fórmula E retorna nesse fim de semana (10 e 11) para realizar o E-Prix de Hyderabad, a prova inaugural na Índia e a quarta etapa da temporada 2022/2023, que acontecerá nas ruas da capital de Telangana, estado ao sul do país asiático.
Essa será a primeira vez que a F-E visita a Índia, mas a categoria elétrica já realizou diversas corridas na Ásia, como na China, Coréia do Sul e Malásia. Vale mencionar que Hyderabad é o 30° local diferente na história a sediar um E-Prix de Fórmula E.
A dona da casa será a Mahindra Racing, a equipe indiana que integra o grid da classe desde o campeonato inaugural (2014/2015) e, de forma inédita, correrá em seu país de origem nesse final de semana.
Layout do circuito indiano
O Circuito de Hyderabad possui 2.835 km de comprimento, setores predominantes de alta a média velocidade e um layout com trechos variados. Algumas seções exigem foco total dos pilotos, como na entrada para as curvas 1 e 2 e, mais a frente, na sequência 12 e 13, que são estreitas e podem gerar contato com o muro.
O fluxo da pista ocorre em sentido horário, oferece um total de18 curvas (9-D e 9-E), e duas retas principais, onde a mais extensa é a localizada entre as curvas 2 e 3; a reta dos boxes, entre as curvas 18 e 1, é um pouco menor.
O Modo Ataque ficará disponível para os pilotos na curva 3, um local de ativação do impulso extra bem adiantado em comparação com a maioria dos outros circuitos do calendário, que recebem a zona de boost mais adiante, a partir da curva 10. Quanto a duração, a corrida inaugural na Índia terá 32 voltas.
O carro Gen3 irá correr, pela primeira vez, em uma pista onde o clima é quente e úmido, um desafio a mais para as equipes e pilotos que chegam a Hyderabad sem dados e sem saberem como o carro do novo regulamento se comportará.
Expectativas dos pilotos brasileiros
Lucas Di Grassi #11 (Mahindra Racing): “É importante para nós fazer uma boa corrida na Índia; não apenas para os fãs, mas também para o campeonato. Hyderabad é uma pista nova para nós, assim como para todos no grid.
“Vamos nos esforçar muito e ao máximo para tirar o melhor proveito do carro. Mal podemos esperar para ver todos os fãs indianos nas arquibancadas nos apoiando e queremos dar a eles um bom show.”
Sergio Sette Camara #3 (NIO 333 Racing): “Teremos a quarta etapa da temporada nesse fim de semana, e é minha primeira vez na Índia. É uma pista nova para todos os pilotos e será uma daquelas provas surpresa; não temos ideia do que esperar quanto a competitividade das outras equipes.
“Apesar de ser um E-Prix novo, o formato do final de semana será o mesmo. Precisamos acertar o carro, desenvolver a melhor linha de traçado e aprender o circuito o quanto antes, o que será bem desafiador. Isso vai fazer diferença em qual piloto chegará mais preparado na classificação.
“Estou buscando me sentir mais confiante no carro da nova geração e espero que aqui em Hyderabad seja uma virada de chave para mim.”
Novidades
Ausência de Robin Frijns
O piloto neerlandês da ABT CUPRA, Robin Frijns, não correrá em Hyderabad, pois ainda se recupera das fraturas na mão esquerda que sofreu após a batida na primeira volta do E-Prix da Cidade do México. Frijns será substituído pelo piloto de simulador da equipe, Kelvin van der Linde, pela terceira vez consecutiva.
Em suas redes sociais, Robin lamentou perder a estreia da Fórmula E na Índia. “Essa será outra corrida que não disputarei, infelizmente. Estou me esforçando ao máximo para voltar o mais rápido possível. Meu objetivo é retornar para o E-Prix da Cidade do Cabo [a etapa seguinte]. Não será fácil, mas farei de tudo para alcançar essa meta.”
Por outro lado, Van der Linde terá mais uma chance de correr em um E-Prix de Fórmula E, após participar da rodada dupla em Diriyah, as etapas 2 e 3.
O que esperar do E-Prix na Índia
Sem dúvidas, um novo local de corrida sempre surpreende. Os menos favorecidos até agora nesse início de temporada podem alcançar um resultado melhor em relação aos líderes na classificação ou ser mais um impulso a favor dos que brigam pelo título.
Apesar disso, é certo que a Mahindra Racing, a principal atração do fim de semana por ser a dona da casa, fará de tudo para aproveitar o apoio de seus fãs nas arquibancadas e transformar isso em uma finalização no top 3 final no E-Prix sábado.
A escuderia indiana precisa subir nas duas tabelas, pois se encontra na P6 no campeonato de equipes e em sétimo lugar na classificação de pilotos, com 18 pontos garantidos apenas por Lucas Di Grassi, já que Oliver Rowland ainda não pontuou após três etapas realizadas até agora.
Pressão sobre a Mahindra
Para que a Mahindra tenha sucesso em Hyderabad, ela precisará bater de frente com as duas maiores forças do grid: TAG Heuer Porsche e Avalanche Andretti, lideradas pelos pilotos Pascal Wehrlein e Jake Dennis, respectivamente.
Wehrlein é o atual líder no campeonato, com 68 pontos, 6 de vantagem sobre o segundo colocado, Dennis. A P3 pertence a Sébastien Buemi, que soma 31 pontos no total e, do campeão de 2015/2016 para baixo, todos os outros competidores estão longe de ameaçarem a briga entre Pascal Wehrlein e Jake Dennis no momento, o que pode mudar nesse sábado.
O segundo componente do grid da Mahindra Racing, Oliver Rowland, chega a quarta etapa da temporada 2022/2023 pressionado a marcar pontos na primeira corrida no país de origem de sua equipe. Assim, esse E-Prix será decisivo para o britânico permanecer no line-up da escuderia para 2023/2024.
Transmissão no Brasil
O canal BandSports transmitirá o E-Prix de Hyderabad de Fórmula E ao vivo, a partir de 06h30, de acordo com o horário de Brasília. PROGRAMAÇÃO COMPLETA AQUI!
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Jornalista, carioca e fã de automobilismo desde criança. Meu lema de vida profissional é uma das frases mais impactantes de Ayrton Senna: “No que diz respeito ao empenho, compromisso, esforço e à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.”
