Saiba os detalhes de como será a sétima rodada da categoria elétrica.
A Fórmula E retorna nessa sexta-feira (26) para iniciar a temporada 2020/2021, esta que marcará a sétima da categoria. A prova de abertura vai acontecer novamente em Diriyah, na Arábia Saudita, assim como aconteceu anteriormente, no calendário 2019/2020, com direito a rodada dupla: uma corrida na sexta e outra no sábado.
Houve algumas mudanças para a próxima fase da competição, principalmente dentro das equipes. A seguir, saiba o que a temporada 7 reserva para os fãs de uma das categorias mais competitivas do automobilismo.
Calendário
Rounds 1 e 2 – E-Prix de Diriyah
Como dito anteriormente, a etapa de abertura da temporada vai acontecer na Arábia Saudita, a rodada dupla do E-Prix de Diriyah, que marcará a primeira corrida da Fórmula E como Campeonato Mundial da FIA. Esta prova entrou pela primeira vez no calendário na rodada 2018/2019 e, desde então, permanece firme e forte no itinerário da FE.
No último campeonato, 2019/2020, o E-Prix duplo na cidade de Al-Diriyah viu Sam Bird vencer a primeira disputa para a Envision Virgin Racing e Alexander Sims cruzar a linha de chegada como P1 no dia seguinte para a BMW i Andretti.
Alterações no traçado saudita
Devido a acidentes gerados por alguns problemas de planejamento de certas curvas, a Fórmula E vai alterar o traçado de Diriyah, afim de diminuir inconvenientes para os pilotos durante as duas corridas. As mudanças mais notáveis ocorrem nas curvas 9, 10, 13, 14, 18 e 19.
A modificação desses trechos da pista afetará o trabalho dos engenheiros e dos pilotos no simulador, pois haverá pouco tempo para se obter os dados necessários para o acerto do carro para as disputas. Normalmente, as equipes da Fórmula E tem duas semanas de preparação para um E-Prix e essas alterações trarão um grande desafio para elas, ainda mais com poucos dias de intervalo entre as corridas 3, 4, 5 e 6.
A estreia de corridas noturnas
A principal novidade relacionada ao E-Prix duplo em Diriyah é que neste ano, as duas corridas vão rolar à noite. Essa medida foi implementada pela Fórmula E para facilitar o trabalho das equipes na pista, já que as provas nessa área de deserto são desafiadoras por conta do clima quente, que faz esquentar rapidamente tanto a bateria quanto os pneus dos carros.
Na temporada passada, houve 8 abandonos no total, ao contar os dois EPs em Diriyah juntos. Parte desse número notável é relacionado ao gerenciamento de energia. Um exemplo é Sébastien Buemi, que deixou a corrida 1 após a volta de apresentação devido a problemas na bateria, assim como Jean-Éric Vergne. Com o E-Prix duplo marcado para ocorrer à noite, poderemos ver provas mais fluidas e sem muitos DNFs.
Para as duas etapas noturnas, a pista será iluminada com a mais recente tecnologia LED de baixo consumo, que vai diminuir o uso de energia em até cinquenta por cento em comparação com as tecnologias não LED. A energia que alimentará os holofotes será totalmente renovável, fornecida por óleo vegetal hidrogenado de baixo carbono e alto desempenho, também feito de materiais sustentáveis.
Round 3 – E-Prix de Roma
A programação reserva outras novidades a partir da terceira prova, que será o E-Prix de Roma, na Itália. O EP italiano faz parte da programação da Fórmula E desde 2017/2018, onde, em sua estreia, teve seu lote inteiro de ingressos vendidos em apenas 5 minutos. O último vencedor desta etapa foi o piloto da Panasonic Jaguar Racing, Mitch Evans, durante a temporada 2018/2019.
Ano passado, por conta da pandemia de coronavírus, a corrida em território italiano não foi realizada devido aos protocolos de saúde e isolamento social, mas com o contágio da doença já controlado e com novas medidas anti-contaminação em vigor, o E-Prix de Roma está de volta ao calendário e marcado para o dia 10 de abril.
Alterações no traçado italiano
Recentemente, a Fórmula E apresentou um novo layout do circuito urbano de Roma para o E-Prix na Itália. A grande mudança em relação ao formato anterior da temporada 2018/2019 é que, agora, os carros passarão em frente ao Palazzo della Civilta Italiana, este que é conhecido como “Square Coliseum”. Além disso, o Ninfeo Park também fará parte dos arredores da pista.
Round 4 – E-Prix de Valencia
A quarta disputa do calendário 2020/2021, no dia 24 de abril, será o E-Prix de Valencia, este que será o primeiro da categoria elétrica na Espanha. Essa prova acontecerá no Circuito Ricardo Tormo, que costuma receber os testes pré-temporada da Fórmula E, como ocorreu em dezembro do ano passado.
Por enquanto, o Circuito Ricardo Tormo é o único traçado dentro da programação deste ano fora das ruas. Devido a esse fato, esta etapa poderá ser uma das melhores da sétima temporada, pois uma série a mais de fatores influenciará no E-Prix: o asfalto feito para corridas trará menos problemas de aderência; sair da pista vai custar caro, por conta da brita; e o gerenciamento de energia será desafiador, já que o traçado do autódromo escolhido pela categoria é rápido.
Round 5 – E-Prix de Mônaco
Para o quinto round, no dia 8 de maio, a Fórmula E preparou uma surpresa: o retorno do E-Prix de Mônaco, este que ficou de fora da programação 2019/2020. Curiosamente, essa etapa acontece uma temporada sim e outra não, desde o campeonato inaugural, pois figurou nas temporadas 1, 3, 5 e ficou de fora nas rodadas 2, 4 e 6. O último piloto a vencer o E-Prix em Mônaco foi o bicampeão Jean-Éric Vergne, pela DS Techeetah.
Assim como na Fórmula 1, o E-Prix em Mônaco é tradicional e desafiador para os competidores da Fórmula E, apesar de a categoria utilizar um traçado diferente e mais curto do circuito (1.75 km) em relação ao formato clássico com extensão de 3.33 km em que a F1 corre.
Até o momento não houve mudanças no traçado em Monte Carlo, mas com a realização do GP Histórico de Mônaco entre os dias 23 a 25 de maio, mesmo mês do E-Prix monegasco, pode-se esperar novidades para esta prova da Fórmula E.
Round 6 – E-Prix de Marraquexe
A sexta corrida da temporada 7 será no Marrocos: o E-Prix de Marraquexe, a segunda etapa do calendário 2020/2021 no Oriente Médio. A estreia desse EP aconteceu durante a rodada 2016/2017, onde Sébastien Buemi foi o grande vencedor pela antiga Renault e.dams. Ano passado, esse EP marcou a primeira das três vitórias consecutivas do campeão da temporada 2019/2020, António Félix da Costa.
Tradicionalmente, o circuito marroquino Moulay El Hassan é palco do Teste de Novatos da Fórmula E, este que revela os novos talentos da categoria entre pilotos juniores convidados pelas equipes do grid. Esse evento aumenta a visibilidade dos jovens automobilistas e os dá a chance de formarem o grid principal da categoria na temporada seguinte ou na vigente.
Rounds 7 e 8 – E-Prix de Santiago
E para fechar a temporada, a Fórmula E preparou outra rodada dupla: o E-Prix de Santiago, no Chile, que vai ocorrer nos dias 5 e 6 de junho. Assim como o EP de Roma, a etapa chilena ocorreu pela primeira vez na temporada 2017/2018. Ano passado, essa prova consagrou o piloto Max Günther como o automobilista mais jovem da história da categoria a ganhar um EP (22 anos), após uma batalha acirrada com Da Costa nas voltas finais.
Essa será a primeira vez em que o Chile recebe uma rodada dupla da Fórmula E em sua capital, Santiago. Por isso, essas duas corridas prometem ser uma das mais imprevisíveis e disputadas da sétima temporada.
Grid de pilotos
O fim da temporada 2019/2020 gerou movimentações no mercado de pilotos e isso trouxe novos competidores para o grid e tirou outros de cena. Abaixo, veja as alterações de line-up para a sétima rodada da Fórmula E e um pouco da trajetória de cada competidor na categoria.
Sam Bird na Jaguar
O piloto Sam Bird, que correu pela Virgin em todas as seis temporadas anteriores, trocará o emblema de seu uniforme pela primeira vez na Fórmula E: o britânico foi contratado pela Jaguar Racing e será o novo parceiro de Mitch Evans. Enquanto correu na Virgin, Sam conquistou um total de 9 vitórias, 17 pódios e 5 poles. Com esses números, é esperado que a disputa com Evans seja acirrada, já que os dois pilotos são fortes e superaram seus parceiros de equipe até a temporada anterior.
Nick Cassidy na Virgin
Com a ida de Bird para a Jaguar, surgiu não só uma vaga na Envision Virgin Racing, mas uma grande oportunidade para Nick Cassidy, este que foi contratado no lugar de Sam e agora será o parceiro de Robin Frijns. Nick correu pela escuderia durante o campeonato virtual da Fórmula E, o Race at Home Challenge, no início do ano passado. Além disso, o neozelandês liderou o Teste de Novatos em Marraquexe durante a temporada 2019/2020. O jovem piloto de 26 anos possui uma carreira notável ao ganhar o título de Super GT de 2017 e o campeonato de Super Fórmula em 2019, mas correr na Fórmula E, com carros 100% elétricos será um verdadeiro desafio para o estreante.
Rene Rast na Audi
Ao correr para a Audi Sport ABT Schaeffler nas corridas finais em Berlim, ano passado, Rast garantiu seu lugar na equipe e continuará como parceiro de Lucas Di Grassi. Rene tem uma longa história com a Audi, antes de correr pela primeira vez na Fórmula E: ele é tricampeão de DTM (Deutsche Tourenwagen Masters), e por isso, é o piloto mais bem sucedido da marca alemã nessa categoria de turismo. O alemão mostrou que era digno da vaga deixada por Daniel Abt, ao finalizar no pódio como P3 na penúltima etapa do campeonato em Berlim Tempelhof e conquistar um total de 29 pontos em apenas seis provas, durante sua estreia.
Pascal Wehrlein na Porsche
Ao anunciar sua saída da Mahindra Racing, antes mesmo da temporada 2019/2020 terminar, Wehrlein conversou com a TAG Heuer Porsche e conseguiu a vaga de Neel Jani para a próxima rodada da Fórmula E. O alemão será o novo parceiro do veterano André Lotterer, este que liderou com vantagem a escuderia novata. Pascal tem história na categoria elétrica, mas apenas com uma equipe, a Mahindra Racing, pra quem correu durante as últimas duas temporadas. O jovem piloto possui apenas 1 pódio na FE, mas ao ser contratado pela Porsche e com um carro superior ao da Mahindra, espera-se que ele consiga aumentar suas conquistas na categoria.
Alex Lynn na Mahindra
Semanas depois do anúncio da saída de Wehrlein da Mahindra Racing, Alex Lynn foi anunciado como substituto do alemão e, assim, consumou seu retorno à Fórmula E durante as seis últimas etapas do calendário 2019/2020, na Alemanha. Lynn já correu na categoria antes, ao substituir Sam Bird na DS Virgin Racing na rodada 2016/2017 (período em que era piloto reserva), ser efetivado como titular para a temporada seguinte e migrar para a Jaguar Racing no campeonato 2018/2019. Durante as seis últimas provas do ano passado, Lynn mostrou resultados expressivos na Mahindra e chegou a superar os resultados de Wehrlein: 16 pontos contra 14 de Pascal na classificação final de pilotos.
Alexander Sims na Mahindra
A temporada 2019/2020 não terminou bem para Alexander Sims, já que o britânico foi superado pelo parceiro Max Günther dentro da BMW i Andretti, com 20 pontos de diferença entre os dois pilotos: 69 pontos de Max contra 49 de Alexander. Para a temporada 7, a BMW Andretti resolveu não renovar com Sims, mas este não ficou de fora do grid 2020/2021, já que assumiu a vaga de Jérôme D’Aambrosio na Mahindra, ao lado de Alex Lynn.
Jake Dennis na BMW Andretti
Com a demissão de Sims, surgiu uma vaga na BMW i Andretti, e esta foi ocupada por Jake Dennis, piloto que fará sua estreia na Fórmula E na sexta-feira. Dennis será o parceiro de Max Günther, este que garantiu um pódio e duas vitórias para a escuderia ano passado. Com um line-up titular formado por dois pilotos com idades de 23 e 25 anos (Max e Jake respectivamente), a marca alemã se torna a equipe com o grid mais jovem da temporada 2020/2021.
Sette Camara na Dragon
Com a saída repentina de Brendon Hartley antes da rodada 2019/2020 terminar, Sergio Sette Camara foi contratado pela Dragon e correu nas últimas seis corridas no circuito montado no aeroporto de Berlim Tempelhof. Em suas primeiras provas na Fórmula E, o brasileiro não conseguiu ter um bom desempenho, mas isso era esperado, já que o carro da Dragon tinha um ritmo fraco, além dos seis EPs terem sido as primeiras disputas de Sette Camara na categoria elétrica.
Apesar dos resultados decepcionantes, Sergio foi contratado para a sétima temporada e correrá mais uma vez ao lado de Nico Müller na Dragon Penske. O jovem de 22 anos será um dos únicos representantes do Brasil este ano, junto com Lucas Di Grassi.
Um brasileiro a menos este ano
Após a corrida final na Alemanha, o brasileiro Felipe Massa (que agora compõe o grid da Stock Car) se despediu da categoria elétrica ao ter seu contrato finalizado pela Venturi. O baixo desempenho de Massa comparado ao de Mortara foi, notavelmente, o principal motivo para não ter seu contrato renovado para a temporada 7.
Norman Nato na Venturi
O escolhido para assumir o lugar de Felipe Massa na Venturi Racing foi Norman Nato, piloto de 28 anos que também será um dos estreantes na Fórmula E este ano. O francês correrá ao lado de Edoardo Mortara, este que carregou a equipe nas costas ao marcar 41 dos 44 pontos conquistados pela escuderia monegasca. Apesar da temporada 7 ser sua primeira disputa completa, Norman já passou pela categoria em 2018, como reserva da própria Venturi e participou de dois Testes de Novatos da Fórmula E.
Tom Blomqvist na NIO
Tom Blomqvist retorna para a Fórmula E após correr pela última vez com o carro da Jaguar Racing nas seis provas finais em Berlim, ano passado. A vaga surgiu por conta da indisponibilidade de James Calado devido a compromissos com a categoria de resistência WEC (World Endurance Championship). Tom correu na FE pela primeira vez na rodada 2017/2018 pela Andretti, onde disputou seis etapas e sua melhor colocação foi em 8° lugar. A performance de Blomqvist na Jaguar foi notória, pois em seu quinto E-Prix na equipe, cravou um tempo digno da Super Pole. Isso foi suficiente para chamar a atenção da NIO 333 Racing. A escuderia chinesa contratou Tom para a temporada 7 e, dessa forma, ele será o novo parceiro de Oliver Turvey.
As únicas equipes do grid que mantiveram o mesmo line-up de pilotos da temporada passada são a DS Techeetah (Jean-Éric Vergne e António Félix Da Costa); Nissan e.dams (Sébastien Buemi e Oliver Rowland); e Mercedes-Benz EQ, com Stoffel Vandoorne e Nyck De Vries.
O que esperar da sétima temporada?
A rodada 2020/2021 promete ser bastante competitiva e surpreendente, como já é de costume na Fórmula E. Ano passado, 8 pilotos diferentes venceram corridas, algo difícil de ver em outras categorias. Este ano, é esperado que a batalha entre as primeiras posições no grid seja mais intensa, já que por enquanto, há poucas oportunidades de pontuar: apenas 8 etapas estão confirmadas.
As equipes estreantes Mercedes e Porsche, com certeza evoluíram com a experiência de 11 provas do calendário anterior e podem ter um ano melhor. A DS Techeetah, campeã de construtores da temporada passada, virá forte e com sede de mais títulos. Ao mesmo tempo, a BMW i Andretti, Nissan e.dams e Jaguar Racing prometem vir com tudo, principalmente esta última, que terá Sam Bird e Mitch Evans em seu line-up, dois pilotos muito talentosos.
A Audi terá um grid forte este ano, com a permanência de Lucas Di Grassi e a contratação de Rene Rast, o que pode levantar a escuderia alemã, que precisa resgatar o forte desempenho das primeiras temporadas.
No meio-campo, pode-se esperar que a briga seja acirrada entre Virgin, Venturi e Mahindra, equipes que sabem como é um dia estar por cima e em outro por baixo. O grid mais promissor, destas três equipes, é o da Mahindra, que pode conquistar bons resultados com Alex Lynn e Alexander Sims.
As forças de fundo esperadas estão para ser a NIO 333 e a Dragon Penske, escuderias que seguiram com problemas de ritmo nas corridas até a temporada 2019/2020.
Vale lembrar que as equipes não mudaram quase nada no trem-de-força de seus carros, já que não houve mudanças de regulamento. A maioria usará a mesma “unidade de potência” da rodada passada. Isso quer dizer que podemos ver resultados bem parecidos com o último campeonato.
Despedida da Audi e BMW ao final da temporada
A montadora Audi anunciou em novembro de 2020 que deixará a Fórmula E após a sétima temporada, pois a marca vai focar seu trabalho na futura classe superior LMDh de endurance, que entrará em cena no automobilismo mundial a partir de 2022.
Curiosamente, três dias depois do anúncio da Audi, a BMW também comunicou que vai correr a sua última temporada na categoria, por conta de reajustes estratégicos da marca no setor da mobilidade elétrica. É esperado que a Porsche siga as duas montadoras alemãs, já que a marca se mostrou interessada no desenvolvimento de combustíveis sintéticos, assim como a Audi.
Transmissão da Fórmula E no Brasil
Aqui no Brasil, a temporada 2020/2021 da Fórmula E será transmitida ao vivo pela TV Cultura, que adquiriu os direitos de transmissão da categoria após a desistência da Fox Sports. Apesar de parecer estranho, o canal irá transmitir não só as corridas, mas toda a programação de cada final de semana: Treinos Livres, qualificação e Super Pole.
NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA:
A Rede Globo de televisão anunciou hoje (24) que fechou um acordo com a Fórmula E e também transmitirá a temporada 7, através do SporTV. Assim, as atividades da categoria serão passadas na TV aberta pela TV Cultura e na TV fechada pelo SporTV.
Jornalista, carioca e fã de automobilismo desde criança. Meu lema de vida profissional é uma das frases mais impactantes de Ayrton Senna: “No que diz respeito ao empenho, compromisso, esforço e à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.”