Salve salve fãs da Nascar e da velocidade de forma geral ! Não podemos reclamar deste último domingo, já que foi possível acompanhar uma boa corrida na MotoGP, uma excelente corrida na F-1 (até que enfim) e uma ótima corrida da NASCAR, com aquele final eletrizante que geralmente essa categoria nos proporciona.
A NASCAR foi para “Chicagoland” para realizar sua 17ª etapa, pois é, estamos em julho e já se foram 17 corridas, fora o “All Star”. E estou contabilizando apenas a divisão principal, a Monster Cup, sem contar as ótimas Truck Series e Xfinity. Estes caras realmente não tem preguiça de correr.
Na pole, não diria uma surpresa, pois é um piloto que já venceu grandes corridas, mas então colocarei que lá estava o “esporádico” Austin Dillon, ao lado dele, “The Closer”, Kevin Harvick, que ano passado venceu cinco etapas e este ano está zerado. Harvick em 2018 era considerado o principal candidato ao título no início dos playoffs, não levou, e em 2019 ainda não emplacou. Com certeza existe um incômodo aos arredores do carro #4.
E Jimmie Johnson? Finalmente o carro #48 se mostrou realmente forte numa etapa, largou na P4 e em poucas voltas assumiu a ponta, mas o milagre é tão grande que na 11ª volta, quando liderava, caiu uma tempestade precedida de raios, que paralisou a corrida por mais de três horas. Na verdade, precisamos mesmo é mandar algumas folhas de arruda, um trevo de quatro folhas ou um pé de coelho para o heptacampeão.
Fim do dilúvio, pista limpa, carros na pista e Kyle Busch raspando forte o muro na volta 26. Era um sinal que aquele domingo não seria um bom dia para o “carro das guloseimas”. Final do primeiro segmento, e nas diferenças de estratégias de pneus, fecharam na frente Denny Hamlin, Brad Keselowski seguidos por Michael McDowell (aí sim fomos surpreendidos).
Já no segundo segmento, Harvick liderava e mostrava que era a hora de colocar seu nome em evidência na temporada, e atrás dele, pela P2, havia uma ótima disputa entre Jimmie Johnson, Chase Elliott, Kyle Larson e Alex Bowman. Detalhe, J.J. aos 43 anos, estava suando bastante para conter Larson e Bowman de 26 anos e Elliott de 23 anos. Os chamados “Young guns” estão fazendo jus ao apelido em 2019 e não duvide que algum deles possa estar com o caneco na mão no fim da temporada.
A bela disputa seguiu até o fim do segmento, Harvick se manteve na ponta e J.J. suou, mas acabou cruzando a linha atrás de Chase Elliott, Kyle Larson e Alex Bowman nessa ordem.
E veio aquele momento que não tem erro, pois é emoção garantida, ou seja, o terceiro e derradeiro segmento. O primeiro a sair da briga foi Chase Elliott em decorrência de um pit stop digno de Didi Mocó e sua turma e o segundo a dizer adeus à vitória foi Kevin Harvick ao decorar o muro com a pintura do seu carro. Não foi dessa vez que o “The Closer” fechou a prova e cravou a vitória. Enquanto isso Kyle Busch enfrentava vários problemas, inclusive uma espessa fumaça dentro do Toyota #18 e terminaria apenas na P30.
Após o erro de Harvick, Bowman assumiu a ponta e abriu boa vantagem, enquanto isso Kyle Larson, que estava numa boa tarde, se destacava do restante para ser aquele que iria a caça do líder. Imagine o seguinte, você tem 26 anos, veio para substituir um piloto muito popular, já disputou mais de 130 provas na categoria, já chegou em todas as posições possíveis do grid, com exceção da 1ª e está realizando um sonho da sua vida a quase 300 km/h. Não tem como não sentir um nervosismo e ansiedade.
E eu acredito que foi isso que aconteceu com o bom Alex Bowman. Além de se atrapalhar com os retardatários, o carro balançava muito naquele momento. Diante disso, Larson chegou e faltando apenas oito voltas tomou a ponta de Bowman. Para mim, como telespectador, dei como encerrada a questão. Mas veio a grata surpresa. Parece que a ultrapassagem trouxe o instinto vencedor de volta e Alex Bowman retomou a posição nas últimas voltas para se tornar o mais novo vencedor da Monster Cup. Que final, que vitória e vaga assegurada nos playoffs!
Destaques finais. Joey Logano, na dele, sem estardalhaço, saiu da P19 para fechar na P3. O campeão segue forte pelo Bi. Outro destaque é a importância para a categoria de ter Jimmie Johnson brigando novamente pelas vitórias. E ainda, outros dois jovens fecharam no Top10, Erik Jones e William Byron, de olho neles também.
Segue a tabela com os 30 primeiros em busca das 16 vagas dos playoffs. Faltam agora nove etapas para definirem quem estará na luta pelo título. Podemos ver como uma etapa pode mudar algumas situações. Agora quem está na berlinda é Clint Bowyer depois de um péssimo resultado e Jimmie Johnson volta a figurar entre os classificados. Repito, do 12º até o 18º a disputa está acirrada. E não podemos descartar uma vitória de algum “outsider” como Austin Dillon ou Stenhouse Jr. o que possivelmente lhes dariam uma vaga. Logano segue líder.
A NASCAR volta no próximo fim de semana com a Xfinity e a Monster Cup na tradicional e lendária Daytona. Até lá e viva a NASCAR!
E como diria Kal-El: “Para o alto e avante!!”
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“Mineiro de Belo Horizonte, kartista amador e cinéfilo, desde criança deixava claro sua paixão pelo esporte a motor. Seu sonho de ser piloto não passou de um sonho, então, durante a infância e adolescência passava os domingos vidrado na frente da TV para ver a F1 ou a Indy. Há poucos anos começou a disputar campeonatos de kart amador na grande BH, e sua paixão pelo esporte se fortaleceu e amadureceu. Acompanha com real interesse os principais campeonatos, ou seja, F-1, F-E, Indy, Nascar, F2, F3, Stock car, MotoGP e o que for esporte a motor de qualidade. Sua ideia é sempre contribuir para o crescimento desse esporte, que tanto encanta, seja pela tecnologia, pelo glamour e tradição ou por testar os limites da máquina e do homem” – Kojak é um parceiro/colunista voluntário do Tomada de Tempo e escreve sobre as mais diversas categorias de esporte a motor no Brasil e no Mundo, em especial NASCAR, F3 e F2!