O lendário dono de equipe Roger Penske deve ter algum parentesco com o Midas, aquele personagem da mitologia grega que transformava em ouro tudo que tocava. Tal analogia é procedente, tendo em vista o sucesso dos seus times. Seja na IMSA Weathertec, na Indy ou na NASCAR, seus carros sempre estão nas disputas por vitórias. Não seria ótimo se a Penske seguisse o caminho da sua rival Haas e ingressasse na F-1?
Mas vamos nos ater à NASCAR e a 6ª etapa realizada neste domingo, no pequeno oval de Martinsville, o famoso “clipe de papel”. Esse oval é uma tradição, fato é que a primeira prova da NASCAR ali realizada foi no ano de 1948 e além da prova deste domingo na fase classificatória, teremos outra dentro dos playoffs.
Características de pista são importantes e um oval tão pequeno como esse faz com que o piloto não ande sozinho praticamente em momento nenhum, seja por disputas de posições ou por ultrapassagem sobre retardatários. Neste ponto é válido lembrar que na NASCAR, retardatário não alivia para quem vem colocar uma volta. O piloto dessa categoria quando vê o líder se aproximar, “aperta o pé” na esperança de uma bandeira amarela ou uma estratégia diferente, para quem sabe ser o “lucky dog” e recuperar a volta. Por isso luta até o fim.
A força do time Penske já havia sido demonstrada na pole position do atual campeão Joey Logano, que prometia então brigar pela vitória em Martinsville. Porém, Logano prometia brigar pela ponta, mas não cumpriu, apenas despencou no decorrer da prova e terminou numa apagada P19. Mas para a alegria da Penske, quem surgiu no início da prova, assumindo a primeira posição foi outro piloto da equipe, Brad Keselowski.
Buscando sua segunda vitória na temporada, Keselowski dominou com sobras os dois primeiros segmentos da prova e parecia não ter muita oposição neste domingo. Mesmo as bandeiras amarelas derivadas de pequenos acidentes e até decorrente da queda de um eixo do carro de Ross Chastain (!!??), não ameaçaram o domínio do piloto da Penske. Aliás, fica registrado o protesto para a maioria das outras categorias. Corridas de automóveis têm que ter a possibilidade do inesperado, o imprevisível. Hoje em dia isso está cada vez mais raro já que os motores são inquebráveis, os pneus, se obedecidas as especificações, são muito resistentes e as regras geralmente podam os pilotos. Na NASCAR é diferente, carros quebram, motores explodem, pneus estouram e pilotos tem uma margem maior de risco e ousadia.
Voltando ao terceiro segmento em Martinsville, como escrevi acima, parecia que Brad não teria oposição, até o segundo segmento. Pois no terceiro, Chase Elliott cresceu na prova e ultrapassou Keselowski, trazendo para a disputa Kyle Busch (olha ele aí) e o bom Ryan Blaney. Mas essa liderança teria vida curta e findou numa rodada de pit stops. Keselowski voltou na frente para não largar mais. Além disso, a disputa logo atrás entre Elliott, Busch e Blaney o ajudou ainda mais. O piloto do carro nº 2 apenas manteve sua tocada e seguiu na ponta até o fim. Elliott merece ainda uma menção honrosa pela linda ultrapassagem por fora sobre o destemido Kyle Busch nas voltas finais. Mas a vitória não poderia ser de outro senão de Keselowski, dominante e seguro. Segunda vitória dele na temporada, terceira da equipe Penske.
E não foi dessa vez que a Chevrolet venceu nessa temporada, pressão para a marca na categoria. E não foi dessa vez que o hepta Jimmie Johnson acabou com seu jejum de vitórias, pelo contrário, desempenho pífio e P24 para ele.
Fica o registro ainda para o lindo e tradicional troféu da etapa de Martinsville, esse belíssimo relógio da foto abaixo. Como é bom ter tradição e originalidade, algo diferente das costumeiras taças ou bandejas. Outra característica da NASCAR são seus troféus diferenciados. Vamos mostrando no decorrer da temporada.
No que se refere ao campeonato da Monster Cup, Kyle Busch segue liderando a tabela. Assim está a luta pelas 16 vagas para os playoffs. Domingo tem mais e até lá. E como diria Kal-El: “Para o alto e avante !!”
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“Mineiro de Belo Horizonte, kartista amador e cinéfilo, desde criança deixava claro sua paixão pelo esporte a motor. Seu sonho de ser piloto não passou de um sonho, então, durante a infância e adolescência passava os domingos vidrado na frente da TV para ver a F1 ou a Indy. Há poucos anos começou a disputar campeonatos de kart amador na grande BH, e sua paixão pelo esporte se fortaleceu e amadureceu. Acompanha com real interesse os principais campeonatos, ou seja, F-1, F-E, Indy, Nascar, F2, F3, Stock car, MotoGP e o que for esporte a motor de qualidade. Sua ideia é sempre contribuir para o crescimento desse esporte, que tanto encanta, seja pela tecnologia, pelo glamour e tradição ou por testar os limites da máquina e do homem” – Kojak é um parceiro/colunista voluntário do Tomada de Tempo e escreve sobre as mais diversas categorias de esporte a motor no Brasil e no Mundo, em especial NASCAR, F3 e F2!