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FÓRMULA E – Debrief: E-Prix de São Paulo – 2024/2025

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(Foto: Andrew Ferraro/LAT Images)
Prova repleta de incidentes mostrou triunfo impressionante de Evans, boa finalização da McLaren, Mahindra com pontuação dupla e abandono de Wehrlein e Di Grassi.

A Fórmula E realizou ontem (7) o E-Prix de São Paulo, a primeira etapa do calendário 2024/2025, que aconteceu no Circuito do Sambódromo do Anhembi, em Santana, Zona Norte da capital paulista.

O vencedor da disputa foi Mitch Evans, que largou em último (P22), escalou o pelotão sem dificuldades, assumiu a ponta na volta 29/35 e cruzou a linha de chegada na P1, seguido de António Félix da Costa e de Taylor Barnard.

O Piloto da Corrida, eleito na votação oficial da Fórmula E, foi Evans, enquanto o ponto extra da volta mais rápida ficou com Da Costa, que cravou o menor tempo de volta de 1:13.261s.

Vale mencionar que o E-Prix paulista foi palco de muitos incidentes entre os competidores, que resultaram em duas bandeiras vermelhas agitadas (houve uma adição de 4 voltas), um Safety Car acionado e um total de sete abandonos.

Além disso, o piloto da Nissan, Norman Nato, recebeu a bandeirada final na P6, mas, ao ser punido por posicionar o carro de forma incorreta na segunda relargada, o francês caiu para a P13. Essa penalidade promoveu os ocupantes do 7º ao 12º lugares; isso beneficiou principalmente Stoffel Vandoorne, que subiu da P11 para o último degrau da zona de pontuação: para a P10.

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Abaixo, confira uma análise de desempenho das equipes que pontuaram no E-Prix de São Paulo, em ordem decrescente do resultado final da corrida.

Jaguar TCS Racing

Assim como na estreia do E-Prix em território brasileiro, a Jaguar terminou no topo do pódio com Mitch Evans. O neozelandês, que perdeu a P1 na edição anterior na última curva, se redimiu e de forma espetacular. Ao largar da última posição por problemas técnicos que o impediram de marcar um tempo de volta, Evans escalou um total de 21 colocações (5 de uma vez só na curva 4 da primeira volta) e conquistou a sua segunda vitória em São Paulo, um ótimo jeito de começar a temporada: como líder do campeonato.

No caso do parceiro de Mitch, Nick Cassidy, foi um cenário bem diferente. Também com dificuldades na classificação, o conterrâneo de Evans viu o apagar das luzes da P10 e fazia uma boa corrida, ao alcançar os ocupantes do top 5 em poucas voltas e até assumir a ponta. Porém, mais pra frente, Cassidy se envolveu em dois incidentes: o primeiro, quando foi sanduichado por Max Günter e Pascal Wehrlein após a primeira bandeira vermelha, o que danificou a sua suspensão.

Depois, com o grid unido novamente para a relargada, Nick foi fechado por Wehrlein durante uma curva para a direita e a asa frontal de Cassidy fez o alemão “rolar” e virar de cabeça para baixo; este foi o motivo da segunda bandeira vermelha. Essa longa interrupção ajudou o piloto Jaguar, pois serviu para os mecânicos consertarem os danos no carro de Nick e o colocaram de volta na corrida. Apesar dos esforços, Cassidy finalizou na P15, um resultado frustrante no outro lado da garagem da Jaguar.

TAG Heuer Porsche

Na Porsche, assim como no caso da equipe vencedora, apenas um de seus automobilistas saíram com pontos no Sambódromo do Anhembi. Enquanto António Félix da Costa garantiu um pódio como segundo colocado, que por pouco não se tornou uma vitória, ao largar em quinto, o atual campeão Pascal Wehrlein não só ficou fora do top 3 pela terceira vez consecutiva no Brasil, mas foi um dos sete competidores a não cruzar a linha de chegada.

Wehrlein era outro pretendente do pódio antes de seu incidente que o tirou da jogada. O alemão de 30 anos, que liderou o grid de largada ao ficar com a pole position, perdeu a P1 logo após a largada, mas chegou a retomar a posição privilegiada de Oliver Rowland. Depois da primeira bandeira vermelha gerada, Pascal ficou para trás na relargada e caiu para sexto em pouco tempo.

Na volta 30/35, Wehrlein se encontrava em décimo sexto e encerrou sua participação no E-Prix em seguida, ao tocar em Nick Cassidy. Sem dúvidas, um misto de sentimentos na TAG Heuer Porsche.

NEOM McLaren

O clima na McLaren foi apenas de celebração, com seus dois pilotos no pódio, após uma recuperação brilhante de seus pilotos. O melhor da dupla em São Paulo, Taylor Barnard, viu as luzes de apagarem da P17 e, ao aproveitar os incidentes e avançar no pelotão, o britânico escalou 14 posições para terminar entre os três primeiros. Assim, Barnard se tornou o piloto mais jovem da história da Fórmula E a subir no pódio, com apenas 20 anos de idade.

O companheiro e conterrâneo de Taylor, Sam Bird, que venceu na edição anterior do E-Prix de São Paulo, também fez uma boa prova, ao sair da P16 para finalizar logo atrás de Barnard, na P4. Com o forte resultado, a NEOM McLaren foi coroada líder do Campeonato de Equipes, com 2 pontos de vantagem sobre a Jaguar TCS Racing.

Mahindra Racing

A Mahindra foi uma escuderia que saiu não só redimida mas satisfeita do Anhembi, ao ver seus dois pilotos na zona de pontuação, algo que não ocorreu na maior parte da temporada passada (2023/2024) e uma situação inédita da equipe no Brasil.

Edoardo Mortara foi o melhor da dupla, ao iniciar em sétimo, se manter no top 10 durante a maior parte da disputa e receber a bandeira quadriculada dois degraus acima, na P5. O parceiro do suíço, o neerlandês Nyck De Vries, mostrou um ótimo desempenho, ao fazer uma excelente corrida de recuperação, após largar em penúltimo (P21) e concluir o E-Prix paulista em sexto.

No combinado, a Mahindra Racing acumulou 18 pontos e se encontra em quarto lugar no campeonato, uma realização motivadora para a escuderia indiana, que encerrou a campanha anterior na penúltima colocação.

Envision Racing

A Envision Racing finalizou o final de semana em São Paulo com apenas um de seus pilotos no top 10: Sébastien Buemi. O campeão da temporada 2015/2016, viu o apagar das luzes da décima segunda posição, e progrediu, ao terminar em sétimo, o motivo de alegria para a escuderia com sede em Silverstone, Inglaterra.

Por outro lado, o neerlandês Robin Frijns, se classificou logo atrás do companheiro, na P13, mas o neerlandês nem chegou a largar, ao perceber uma pane geral que desligou toda a comunicação do carro. Assim, depois de acenar para avisar do problema, Frijns saiu do carro e foi o primeiro dos sete competidores a abandonarem a primeira etapa do calendário.

CUPRA Kiro Race

A equipe estreante CUPRA Kiro, vivenciou um início de jornada na Fórmula E de maneira positiva, com pontos conquistados em sua corrida de estreia na categoria elétrica. O britânico Dan Ticktum foi o responsável pelos quatro pontos adquiridos, ao sair da P11 para concluir em um satisfatório oitavo lugar.

No outro carro da Kiro, o conterrâneo de Tickutm, o estreante David Beckmann, começou mal sua primeira campanha na F-E. Após se classificar longe do parceiro, na P20, Beckmann perdeu o controle do carro nas últimas voltas e atingiu o muro na volta 25/35, o que danificou seu carro.

Ao aproveitar a segunda bandeira vermelha, a equipe conseguiu fazer os reparos no carro de David, mas não adiantou muito, já que o piloto de 24 anos ficou várias voltas atrás e não se classificou no resultado final. Do mesmo modo como a Jarguar, a Porsche e a Envision, a Kiro Race se dividiu entre comemoração e decepção.

DS PENSKE

A DS fez uma prova mediana em território brasileiro, e, por pouco, não termina fora da zona de pontos. No classificatório, Max Günther se saiu melhor que o bicampeão e companheiro Jean Éric Vergne, ao garantir uma promissora P4 no grid de largada, mas as coisas mudaram na corrida. O alemão chegou a disputar com o grupo de dianteira, mas, ao se envolver em contatos com outros competidores, perdeu terreno e concluiu na P11.

No caso de Vergne, o francês largou em oitavo lugar e também estava na briga pelo top 5, mas foi superado pelos pilotos da Mahindra e por Buemi e Ticktum, e precisou se contentar com a P9, um resultado bem-vindo para a DS PENSKE, que inicia a campanha 2024/2025 de maneira agradável.

Maserati MSG Racing

A Maserati esteve por um fio no E-Prix de São Paulo, ao quase não figurar entre os dez primeiros colocados após o agitar da bandeirada final. Stoffel Vandoorne começou o fim de semana em melhor forma, ao se classificar na P9.

No sábado, o campeão da temporada 2021/2022 teve dificuldades para se manter na briga pelos pontos e acabou na P11. Porém, com a punição sobre Norman Nato, o belga foi promovido e trouxe o único ponto da Maserati MSG Racing no E-P.

Já o parceiro de Vandoorne, Jake Hughes, abandonou a competição nos primeiros minutos, ao ser jogado no muro junto com Nico Müller em um incidente que gerou a primeira interrupção da etapa. Uma maneira frustrante do britânico iniciar sua jornada na equipe monegasca.

Equipes que não pontuaram

As escuderias que deixam o Circuito do Sambódromo do Anhembi sem pontos foram a Lola Yamaha ABT, Nissan e Andretti.

O brasileiro Lucas Di Grassi, não cruzou a linha de chegada, ao sofrer um problema técnico em seu carro e deixar a etapa em sua terra natal sem pontos pela terceira vez consecutiva.

Top 10 do Campeonato de Pilotos:

1 – Mitch Evans #9 (Jaguar TCS Racing) – 25 pts

2 – António Félix da Costa #13 (TAG Heuer Porsche) – 19 pts

3 – Taylor Barnard #5 (NEOM McLaren) – 15 pts

4 – Sam Bird #8 (NEOM McLaren) – 12 pts

5 – Edoardo Mortara #48 (Mahindra Racing) – 10 pts

6 – Nyck De Vries #21 (Mahindra Racing) – 8 pts

7 – Sébastien Buemi #7 (Envision Racing) – 6 pts

8 – Dan Ticktum #33 (CUPRA Kiro) – 4 pts

9 – Pascal Wehrlein #1 (TAG Heuer Porsche) – 3 pts

10 – Jean-Éric Vergne #25 (DS PENSKE) – 2 pts

P20 – Lucas Di Grassi #11 (Lola Yamaha ABT) – 0 pts

Campeonato de Equipes:

1 – NEOM McLaren – 27 anos

2 – Jaguar TCS Racing – 25 pts

3 – TAG Heuer Porsche – 22 pts

4 – Mahindra Racing – 18 pts

5 – Envision Racing – 6 pts

6 – CUPRA Kiro – 4 pts

7 – DS PENSKE – 2 pts

8 – Maserati MSG Racing – 1 pt

9 – Lola Yamaha ABT – 0 pts

10 – Nissan – 0 pts

11 – Andretti – 0 pts

A próxima etapa da temporada 2024/2025 da Fórmula E será o E-Prix do México, no dia 11 de janeiro.