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WEC – Prólogo da Lone Star Le Mans (COTA) – 2024

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(Foto: Joao Filipe/Adrenal Media)
Confira as principais informações da prova em território americano, em um circuito que ficou ausente do calendário por três anos seguidos.

O World Endurance Championship (WEC) retorna neste final de semana (30 de agosto a 1º de setembro), para realizar a Lone Star Le Mans, a sexta etapa da programação 2024 da classe que acontecerá no Circuito das Américas (COTA), localizado em Austin, cidade do estado americano do Texas.

A prova na terra do Tio Sam está de volta depois de três anos ausente, ao estrear no itinerário da categoria de resistência pela primeira vez em 2013, e ocorrer de forma ininterrupta até 2017, com o nome de 6 Horas do Circuito das Américas.

Após ficar de fora da rodada 2018/2019, a disputa em Austin reapareceu em 2020, sob o novo nome de Lone Star Le Mans. Assim, o Mundial de Endurance retorna ao belíssimo e complexo traçado no Texas depois de quatro anos de espera, devido ao segundo período em que o local de provas ficou sem receber o WEC: de 2021 a 2023.

Entry List

De acordo com a Lista de Inscritos, 13 montadoras participarão da Lone Star Le Mans, distribuídas nas divisões Hypercar e LMGT3, que terão, em suas respectivas relações, 18 carros cada. Vale mencionar também que o fim de semana nos Estados Unidos será a segunda das duas únicas passagens da classe pela América neste ano, depois das 6 Horas de São Paulo.

Essa será a disputa em casa para as fabricantes Cadillac (Hypercar), Corvette (TF Sport – LMGT3) e Ford (Proton Competition – LMGT3), para a equipe Heart of Racing (LMGT3) e para os pilotos Ben Keating (aparição única, detalhes no final da matéria), Ryan Hardwick (Proton Competition Ford Mustang #77), Ian James (Heart of Racing Aston Martin Vantage #27) e Simon Mann (AF Corse Ferrari 296 #55).

Abaixo, confira as principais informações sobre a disputa que marca o retorno do WEC ao COTA, como os detalhes do traçado, as expectativas dos pilotos brasileiros, o Balanço de Performance aplicado na divisão Hypercar, as novidades para a competição e o que esperar da sexta etapa da 12ª temporada do Mundial de Endurance.

Características do circuito

O Circuito das Américas (Circuit Of The Americas – COTA) possui 5.513 km de extensão, 20 curvas (10-D e 10-E) e fluxo no sentido anti-horário. Curiosamente, este local de provas recebe todos os anos o Grande Prêmio dos Estados Unidos de Fórmula 1, além de outras categorias, como a NASCAR Cup Series e a MotoGP.

A pista é caracterizada por possuir trechos de baixa, média e alta velocidade, curvas de ângulos variados e mudanças acentuadas de elevação. Confira abaixo como é uma volta no Circuito das Américas através do simulador/game F1 22.

O grande desafio para os pilotos no traçado americano é acertar o ângulo certo de entrada na seção dos Ss (curvas 3, 4, 5 e 6); qualquer frenagem tardia resulta na perda da linha ideal das próximas curvas. Outro ponto que requer atenção especial dos competidores é o setor 3, que oferece curvas fechadas, sinuosas e técnicas.

O principal e mais viável ponto de ultrapassagem no COTA é a extensa reta oposta, já que a reta dos boxes, apesar de mais longa, termina na curva 1, um ponto cego difícil de contornar e, consequentemente, complicado para manter a colocação ganha.

Vale lembrar que os hipercarros atingem velocidades acima de 300 km/h e, aproximadamente, 44% da volta é percorrida com o acelerador totalmente pressionado. Além disso, em cada volta, é esperado que os pilotos da Hypercar mudem de marcha mais de 50 vezes.

Últimos vencedores da Lone Star Le Mans
(Foto: Joao Filipe Adrenal Media)

Na última passagem do WEC pelo Circuito das Américas (2020), houve um brasileiro no topo do pódio da classe principal: Bruno Senna. Juntamente com o americano Gustavo Menezes e o francês Norman Nato, o paulista venceu a etapa em Austin, a bordo do LMP1 R13 #1 da Rebellion Racing, hipercarro que possibilitou a conquista da pole pelo trio.

Em segundo lugar, finalizou o TS050 Hybrid #7 da Toyota Gazoo Racing, através do trio formado pelo britânico Mike Conway, pelo argentino José María López e pelo japonês Kamui Kobayashi. Logo atrás do #7, o outro carro da montadora japonesa, o #8, guiado pelo suíço Sébastien Buemi, pelo neozelandês Brendon Hartley e pelo japonês Kazuki Nakajima, completou o top 3 final.

Expectativas dos pilotos brasileiros

Augusto Farfus (BMW M WRT LMGT3 #31): Não comentou até o momento.

Situação no campeonato: P3 – 74 pts.

Nicolas Costa (United Autosports LMGT3 #59): Não comentou até o momento.

Situação no campeonato: P13 – 24 pts.

BOP para a prova
(Foto: André Ferreira/DPPI)

Confira o Balanço de Performance aplicado na divisão Hypercar para a Lone Star Le Mans:

Alpine (LMDh)

Peso: 1041 kg (-3);

Potência: 515 kW (-1);

Duração de energia: 907 MJ (Megajoules) (-3);

Velocidade mínima para ativação do sistema híbrido: Não possui (motor híbrido utilizado apenas para modo ataque e regeneração de energia).

BMW (LMDh)

Peso: 1037 kg (-7);

Potência: 513 kW (+1);

Duração de energia: 906 MJ (Megajoules) (-2);

Velocidade mínima para ativação do sistema híbrido: Não possui (motor híbrido utilizado apenas para modo ataque e regeneração de energia).

Cadillac (LMDh)

Peso: 1037 kg (-2);

Potência: 518 kW (-1);

Duração de energia: 907 (Megajoules) (Nenhuma alteração);

Velocidade mínima para ativação do sistema híbrido: Não possui (motor híbrido utilizado apenas para modo ataque e regeneração de energia).

Ferrari (LMH)

Peso: 1055 kg (-5);

Potência: 500 kW (-3);

Duração de energia: 901 MJ (Megajoules) (-4);

Velocidade mínima para ativação do sistema híbrido: 190 km/h.

Lamborghini (LMDh)

Peso: 1030 kg (-9);

Potência: 520 kW (+1);

Duração de energia: 908 MJ (Megajoules) (-1);

Velocidade mínima para ativação do sistema híbrido: Não possui (motor híbrido utilizado apenas para modo ataque e regeneração de energia).

Peugeot (LMH)

Peso: 1037 kg (-14);

Potência: 509 kW (-1);

Duração de energia: 902 MJ (Megajoules) (-7);

Velocidade mínima para ativação do sistema híbrido: 190 km/h.

Porsche (LMDh)

Peso: 1053 kg (+2);

Potência: 509 kW (-3);

Duração de energia: 907 MJ (Megajoules) (-1);

Velocidade mínima para ativação do sistema híbrido: Não possui (motor híbrido utilizado apenas para modo ataque e regeneração de energia).

Toyota (LMH)

Peso: 1065 kg (+5);

Potência: 497 kW (-9);

Duração de energia: 906 MJ (Megajoules) (-6);

Velocidade mínima para ativação do sistema híbrido: 190 km/h.

Novidades
Um hipercarro a menos pelo restante da temporada
(Foto: Julien Delfosse/DPPI)

A Isotta Fraschini anunciou na semana passada (21) a sua saída imediata do Campeonato Mundial de Endurance, antes do encerramento de sua temporada de estreia e com as 6 Horas de São Paulo como a prova de despedida da fabricante italiana.

O motivo se dá por conta de um desentendimento entre a clássica montadora de carros de luxo e a equipe operacional, Duqueine. A escuderia francesa não honrou os compromissos financeiros estabelecidos pela Isotta, o que resultou na saída brusca do WEC antes mesmo da etapa deste final de semana.

Como ponto positivo, a Isotta Fraschini considera não só a sua primeira aparição nas 24 Horas de Le Mans deste ano, mas o fato de cruzar a linha de chegada com o Tipo6-C #11 na maior e mais lendária corrida de resistência do automobilismo mundial.

Presença de um bicampeão da extinta LMGTE

O bicampeão da descontinuada classe de turismo LMGTE, Ben Keating, correrá na disputa de 6 horas no Circuito das Américas, como substituto do piloto italiano Giorgio Roda (que também esteve ausente em Interlagos) no Ford Mustang #88 LMGT3 da Proton Competition.

Keating compete como titular no campeonato de corridas de resistência americano IMSA, e retorna ao grid do WEC como o novo parceiro de única aparição do dinamarquês Mikkel Pedersen e do norueguês Dennis Olsen.

Ben chegou a ser convidado pelo dono da equipe, Christian Ried, para seguir com a Proton pelo restante da campanha 2024 do Mundial de Endurance, mas o americano recusou a proposta, devido a outros compromissos.

Outras novidades

Na divisão de hipercarros, o Porsche 963 #99 da Proton Competition contará com o seu terceiro piloto para o retorno da Lone Star Le Mans: Harry Tincknell.

O britânico, que se ausentou da etapa anterior no Brasil por conflito de calendário do WEC com o IMSA, está de volta ao hipercarro da equipe alemã, e se reúne novamente com o suíço Neel Jani e com o francês Julien Andlauer.

O que esperar
(Foto: John Rourke/Adrenal Media)

Na última passagem do WEC pelo Circuito das Américas, a equipe que mais se aproximou da vitória foi a atual campeã, Toyota Gazoo Racing Europe, com seus dois carros no pódio.

Diante desse fato, somado à brilhante conquista da P1 pela montadora japonesa na etapa anterior em São Paulo, a TGRE é a grande favorita ao triunfo na disputa deste domingo.

A líder do Campeonato de Fabricantes, Porsche, chega em território americano em busca de aumentar a vantagem sobre a Toyota, que está apenas quatro pontos atrás da marca alemã.

Terceira colocada na tabela, a Ferrari terá como principal objetivo desbancar a escuderia japonesa e voltar à segunda posição no campeonato.

Em sua corrida em casa, a Cadillac Racing contará com o apoio de seus fãs conterrâneos para retornar à briga pelo top 3 na classificação da Hypercar.

LMGT3

Na divisão de carros turismo, a equipe que se encontra no topo do ranking é a Manthey PureRxcing, com o Porsche 911 R #92, guiado pelos pilotos Aliaksandr Malykhin, Joel Sturm e Klaus Bachler.

O trio do #92 segue para a competição no COTA com um bom retrospecto, ao vencerem as 6 Horas de São Paulo. Por isso, há grandes chances da equipe lituana conquistar mais uma vitória nesta temporada.

Ocupante da P2 no Campeonato de Equipes da LMGT3, a Manthey EMA se encontra com 25 pontos de desvantagem em relação a equipe irmã, Manthey PureRxcing. Assim, o #91 dos pilotos Morris Schuring, Richard Lietz e Yasser Shajin, precisará de um forte resultado nos EUA para ficar mais próxima da líder na tabela.

A WRT, terceira colocada com a BMW M4 #31 do brasileiro Augusto Farfus, do britânico Darren Leung e do indonésio Sean Gelael, correrá em Austin pronta para tentar assumir a P2 da Manthey EMA, depois de uma finalização ruim no Brasil.

Donas da casa, a Ford com a Proton Competition e a Corvette com a TF Sport, terão uma meta em especial: fazer bonito diante de sua torcida local.

Top 3 do Campeonato de Pilotos da Hypercar:

1 – André Lotterer, Kevin Estre e Laurens Vanthoor (Porsche Penske Motorsport #6) – 117 pts;

2 – Antonio Fuoco, Miguel Molina e Nicklas Nielsen (Ferrari AF Corse #50) – 98 pts;

3 – Kamui Kobayashi e Nyck De Vries (Toyota Gazoo Racing #7) – 95 pts.

Top 3 do Campeonato de Fabricantes da Hypercar:

1 – Porsche – 126 pts;

2 – Toyota – 122 pts;

3 – Ferrari – 109 pts.

Campeonato de Equipes Privadas da Hypercar:

1 – Hertz Team JOTA #12 – 140 pts;

2 – Proton Competition #99 – 86 pts;

3 – AF Corse #83 – 85 pts;

4 – Hertz Team JOTA #38 – 79 pts.

Top 3 do Campeonato de Pilotos da LMGT3:

1 – Aliaksandr Malykhin, Joel Sturm e Klaus Bachler (Manthey PureRxcing #92) – 100 pts;

2 – Morris Schuring, Richard Lietz e Yasser Shajin (Mathey EMA #91) – 75 pts;

3 – Augusto Farfus, Darren Leung e Sean Gelael (WRT #31) – 74 pts.

Top 3 do Campeonato de Equipes da LMGT3:

1 – Manthey PureRxcing #92 – 100 pts;

2 – Manthey EMA #91 – 75 pts;

3 – WRT #31 – 74 pts.

Transmissão

A Lone Star Le Mans contará com transmissões no BandSports, Youtube Esporte na Band e pelo canal do YouTube do Grande Prêmio, com a largada programada para 15h (horário de Brasília). A PROGRAMAÇÃO COMPLETA você encontra aqui!