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FÓRMULA E – Aquecimento para o E-Prix de São Paulo – 2024

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(Foto: Simon Galloway)
Saiba as principais informações do E-Prix, detalhes do circuito e o que esperar da passagem da categoria pelo Brasil.

A Fórmula E retorna às pistas nesse final de semana (15 e 16) para realizar o E-Prix de São Paulo, a quarta etapa da temporada 2023/2024, que acontecerá no circuito improvisado no Sambódromo do Anhembi, em Santana, Zona Norte da capital paulista.

Vale lembrar que a prova em território brasileiro é a única do calendário deste ano a acontecer na América do Sul, já que as disputas seguintes ocorrerão na Ásia, Europa e América do Norte. A Cidade de São Paulo receberá a F-E pela segunda vez, depois da estreia do E-Prix na rodada anterior (2022/2023).

Essa será a corrida em casa para o piloto da ABT CUPRA, Lucas Di Grassi, e para Sergio Sette Camara, que corre pela equipe ERT. Ano passado, os dois brasileiros não tiveram um bom desempenho no E-Prix de São Paulo, mas ambos tem a chance de conquistar redenção neste fim de semana.

O Brasil sempre esteve presente na Fórmula E. Além de Di Grassi (que participou de todas as temporadas até agora) e Sette Camara (2019/2020 até hoje), outros brasileiros passaram pela categoria elétrica. Entre eles, o primeiro campeão, Nelson Piquet Jr (2014/2015 a 2018/2019), Felipe Massa (2018/2019 a 2019/2020), Felipe Nasr (2018/2019) e Bruno Senna (2014/2015 a 2015/2016).

Layout do circuito paulista
Circuito do Anhembi (Imagem: Fórmula E/Divulgação)

O Circuito Urbano de São Paulo possui 2.933 km de extensão, 11 curvas (7-D e 4-E), fluxo no sentido horário e a corrida terá um total de 31 voltas, o equivalente a uma distância percorrida de 90.923 km.

O traçado paulista tem como características principais uma superfície de concreto plana (um fator raro de se encontrar em pistas da categoria), um declive acentuado e a predominância de setores de média a alta velocidade, com três longas retas e o mesmo número de zonas de frenagem forte.

O Modo Ataque ficará localizado na curva 3, área de ativação da potência extra que se apresenta em forma de grampo, uma característica tradicional da zona de boost na F-E.

Uma curiosidade interessante sobre o local de prova é que a Fórmula Indy (IndyCar Series) já correu no Sambódromo do Anhembi, com as 300 milhas de São Paulo, que aconteceu de 2010 a 2013.

Expectativas dos pilotos brasileiros
Lucas Di Grassi (Foto: Sam Bagnall)

Lucas Di Grassi #11 (ABT CUPRA): O E-Prix de São Paulo será uma prova sensacional. Acho que a estratégia na corrida vai ditar muito o resultado, mais do que a performance do carro, e a gente espera conseguir fazer pontos ou de repente terminar no pódio.

“Uma boa estratégia vai ser fundamental. Conseguir trazer essa prova para São Paulo após dez anos tentando foi incrível. O ano passado, o evento em si foi muito legal; o circuito bem organizado, o traçado é bom, com muitas ultrapassagens e 280 quilômetros por hora naquela reta longa do Sambódromo. Espero que este ano seja ainda melhor.”

Situação no campeonato: P21 – 0 pts.

Sergio Sette Camara (Foto: Sam Bagnall)

Sergio Sette Camara #3 (ERT): “O circuito do Anhembi é uma pista que demanda muito mais energia. Quando há retas longas, um grande percentual da volta é feito com o acelerador no máximo. Isso drena a bateria e é um momento do percurso que você não pode fazer nada, só andar rápido em linha reta.

“Cada segundo que eu passo naquela reta é um segundo que o meu carro está gastando mais do que outros, por não ser tão equilibrado quanto a maioria dos demais carros do grid em termos de ritmo de corrida e gerenciamento de energia. Então isso beneficia muito os carros que não tem esse problema, principalmente os da Porsche e da Jaguar.”

Situação no campeonato: P15 – 2 pts.

O que esperar do E-Prix no Brasil
(Foto: Sam Bloxham)

Ano passado, a prova em território brasileiro foi cheia de ação: rendeu 114 ultrapassagens, 11 mudanças de liderança, uma batalha acirrada entre quatro pilotos e ocupantes do top 3 final que receberam a bandeira quadriculada com 0,5 segundos de diferença entre eles, uma das chegadas mais próximas da história da Fórmula E.

O pódio foi ocupado por uma dobradinha 1-3 da Jaguar TCS Racing, com Mitch Evans na P1, seguido de Nick Cassidy (Envision Racing) e do parceiro de equipe, Sam Bird. Curiosamente, foi um top 3 composto por três carros que utilizavam trens-de-força da Jaguar.

Favoritos à vitória em São Paulo
Nick Cassidy celebrando a vitória da corrida 2 do E-Prix de Diriyah (Foto: Alastair Staley)

Com a promoção de Cassidy para a Jaguar TCS Racing este ano, o britânico, que também lidera o campeonato de pilotos, é o principal favorito à vitória no Sambódromo do Anhembi. O piloto de 29 anos conquistou 2 pódios consecutivos como P3 e um triunfo (P1) nesta temporada, o que mostra como Nick Cassidy poderá levar a melhor neste final de semana.

Apesar de vencer o E-Prix paulista em 2022/2023, o parceiro de Nick, Mitch Evans, se encontra bem atrás de Cassidy na classificação, além de não subir ao pódio depois de três etapas. Claramente, Evans não está no ápice de sua performance, o que pode mudar caso o neozelandês alcance uma segunda vitória em São Paulo.

Wehrlein em busca de recuperação
Pascal Wehrlein (Foto: Simon Galloway)

Atrás de Nick por 19 pontos, Pascal Wehrlein, que iniciou o ano com uma vitória na prova de abertura da temporada no México, chega ao nosso país após duas finalizações decepcionantes em Diriyah, com uma P8 na corrida 1 e uma P7 na seguinte.

Para se recuperar no campeonato, Wehrlein precisará fazer uma prova impecável no Anhembi, o que não será fácil, devido à natureza de alta velocidade do circuito e a presença de trechos apertados e de forte frenagem. Caso Cassidy conquiste a P1, o britânico se afastará ainda mais de Pascal no campeonato, o que tornará difícil uma reaproximação do piloto da TAG Heuer Porsche.

Brasileiros em busca de redenção

Os competidores naturais do Brasil na classe seguem para a corrida em Santana com o desejo de se redimirem, após o frustrante resultado diante da torcida conterrânea ano passado, com Lucas Di Grassi na P13 e Sergio Sette Camara na P16.

Tanto o carro de Sergio quanto o de Lucas não são competitivos mas, ao analisar como foi a estreia do E-Prix de São Paulo em 2023, com vários incidentes durante a prova, a chance de nossos heróis marcarem pontos pode ser mais realista.

Transmissão oficial
(Foto: LAT Images/FIA Fórmula E Media Centre)

O canal BandSports transmitirá o E-Prix de São Paulo de Fórmula E ao vivo, neste sábado, a partir de 14h, de acordo com o horário de Brasília.