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FÓRMULA 1 – Verstappen tem o que falta em Leclerc: sorte de campeão – 2022

Holandês prova da máxima do “mesmo quando dá errado, dá certo", e vai administrando o campeonato com tranquilidade

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Leclerc e Verstappen no pódio do GP da Áustria. Holandês herdou a 2ª posição de Carlos Sainz após uma quebra de seu motor Ferrari. | Foto: Pirelli F1 Press Area
Leclerc e Verstappen no pódio do GP da Áustria. Holandês herdou a 2ª posição de Carlos Sainz após uma quebra no seu motor Ferrari. | Foto: Pirelli F1 Press Area

Na Fórmula 1, apenas talento não é suficiente para se ter sucesso na categoria. Desde sempre, a sorte determinou diversas viradas de chave na carreira de pilotos, seja em vitórias, campeonatos, ou até mesmo mudanças de equipe e regulamento. Max Verstappen provou, na Áustria, que tem a qualidade que ainda falta em Charles Leclerc: a sorte de campeão.

 

Onde se encaminhava para uma dobradinha tranquila da Ferrari, se aproveitando do alto desgaste de pneus do carro da Red Bull, tudo se acabou na volta 57, quando o motor de Carlos Sainz não resistiu e quebrou, com chamas saindo da traseira do carro. Com isso, Verstappen herdou a 2ª posição de Sainz, diminuindo o prejuízo em menos três pontos. Nas últimas 10 voltas, um problema no pedal do acelerador de Leclerc quase deu a vitória a Max, porém o monegasco conseguiu segurar a ponta e vencer a prova.

Apesar de Leclerc ter vencido a prova, o fim de semana foi mais vantajoso para Verstappen, que, em uma pista que não casou com sua Red Bull, viu o monegasco diminuir apenas 5 pontos a diferença no campeonato. Esse fato trouxe uma discussão à tona: Até onde Leclerc pode disputar o título se não tiver sorte? Vale ressaltar que não estamos aqui para analisar a habilidade de ambos na pista. Concordamos que tanto Verstappen quanto Leclerc são exímios pilotos, talvez os dois melhores do grid atualmente, que durante essas onze etapas provaram que sabem disputar um campeonato duro, mas ao mesmo tempo, limpo.

VIRADA DE MESA OU SORTE DE CAMPEÃO?

Uma temporada que começou como um pesadelo para Verstappen. Abandonar 2 das 3 primeiras corridas e ver Leclerc abrindo 46 pontos de vantagem no campeonato. A partir da corrida seguinte, em Ímola, a habilidade unida da sorte tem falado mais alto até hoje. Desde o Grande Prêmio da Emília-Romanha, foram disputadas 8 provas. De 216 pontos possíveis, foram 183 pontos para Verstappen contra 99 de Leclerc. Uma diferença enorme. Então, o que aconteceu para essa mudança?

Comecemos com a confiabilidade do carro da Red Bull. O RB18, que abandonou 3 vezes nas 3 primeiras provas (1 com Pérez e 2 com Verstappen), teve seus problemas ligados ao combustível solucionados, voltando a apresentar problemas apenas 1 vez nas 8 provas seguintes, com Sergio Pérez no Canadá. Se do lado da Red Bull os problemas de confiabilidade foram resolvidos, na Ferrari eles começaram a aparecer: na Espanha, o motor de Leclerc, e no Azerbaijão, os dois carros abandonando por problemas.

Aliado a isso, das 5 vitórias de Verstappen a partir de Ímola, apenas em Miami Leclerc chegou em 2°. Nas outras, resultados terríveis acompanharam o monegasco, seja por erros individuais (Ímola), problemas de motor (Espanha e Baku) ou troca de componentes (Canadá). Nas vezes que Max não venceu, o holandês ainda sim foi beneficiado por escolhas de estratégia ruins da Ferrari em Mônaco e na Inglaterra. Essa última, na qual se criou um clima tenso entre Leclerc e Mattia Binotto, chefe de equipe da Ferrari, por conta das más decisões da equipe italiana.

Chegamos na metade da temporada e ainda restam 11 provas. Os 38 pontos que separam Verstappen de Leclerc não são garantia de vida fácil para o holandês. Entretanto, se a sorte continuar andando com Max, Leclerc terá problemas para reverter o campeonato.

A Fórmula 1 volta daqui duas semanas, nos dias 22 a 24 de julho, no circuito de Paul Ricard, na França. Calendário completo aqui!

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