Piloto da única equipe americana do grid se encontra em uma situação delicada, após ofensiva de seu país sobre a Ucrânia.
Diante dos ataques da Rússia sobre a Ucrânia, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), através do novo presidente do órgão regulador, Mohammed Ben Sulayem, convocou ontem (1°) o Conselho Mundial de Automobilismo para discutir sanções sobre pilotos e equipes de nacionalidade russa para os próximos anos. Na Fórmula 1, há apenas um competidor russo no grid: Nikita Mazepin, da escuderia Haas.
No final da reunião, em resumo, a FIA lavou as mãos e decidiu permitir que pilotos e equipes da Rússia continuem com o direito de participar dos campeonatos, mas sob bandeira neutra, ou seja, nenhum deles poderão exibir as cores de seu país, nem mesmo no carro, dormitórios, garagens, etc, além do banimento do hino nacional russo das cerimônias.
O QUE VEM A SEGUIR
Apesar da decisão da FIA ser inofensiva para a carreira de Mazepin, pois não tirou o seu direito de competir na Fórmula 1, há o outro lado da moeda: a questão das sanções impostas por países que sediam GPs da categoria.
Hoje, a Federação de Automobilismo do Reino Unido anunciou, em nota, as sanções que serão aplicadas à Rússia nos quatro países do bloco (Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales), e uma delas afeta diretamente Nikita:
- “Nenhum competidor e oficial licenciado russo/bielorrusso é aprovado para participar de eventos de automobilismo no Reino Unido.”
Diante do anunciado, Mazepin não poderá participar do GP da Grã-Bretanha, no circuito inglês de Silverstone, programado para acontecer nos dias 1 a 3 de julho, e deverá ser substituído por outro piloto.
A Federação de Automobilismo do Reino Unido é apenas a primeira a banir pilotos e equipes russas de eventos em seu território, pois, provavelmente, federações de automobilismo de outros países também farão o mesmo, o que prejudicará o competidor #9 na temporada 2022 da Fórmula 1.
A grande pergunta é quem correrá no lugar de Mazepin nesses GPs, já que a Haas terá que escolher um de dois pilotos consideráveis disponíveis: Pietro Fittipaldi e Antonio Giovinazzi. Pietro tem a total confiança do chefe de equipe, Guenther Steiner, e está como piloto reserva da escuderia desde 2019. Porém, Giovinazzi tem a preferencia e ajuda da Ferrari, a fornecedora de motores da Haas, o que pode impactar na decisão.
Jornalista, carioca e fã de automobilismo desde criança. Meu lema de vida profissional é uma das frases mais impactantes de Ayrton Senna: “No que diz respeito ao empenho, compromisso, esforço e à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.”