OLÁ AMIGO TDT!
Finalmente acompanhamos a primeira prova da MotoGP, neste domingo, iniciando a temporada 2021 no Barwa Grand Prix of Qatar.
O título da matéria soa filosófico, mas foi assim que me senti como torcedor ao final da prova.
Gostaria de comentar sobre alguns pilotos e seus resultados na corrida de hoje.
PRIMEIRO DIA NO EMPREGO DEPOIS DAS FÉRIAS
Durante os 3 dias do fim de semana de corrida, observando o desempenho e principalmente os números que cada piloto apresentou, queria trocar com vocês a seguinte ideia sobre YAMAHA, DUCATI e SUZUKI.
YAMAHA
Maverick Viñales #12 tratou logo de mostrar para seu novo companheiro, Fábio Quartararo, que a convivência na garagem será de muita disputa pelo lugar de primeiro piloto.
Mais experiente que o francês, o espanhol está na casa desde 2017, após dois anos na SUZUKI, tendo como companheiro nada mais que Valentino Rossi, tranquilo não acham?
Pois é, a vivência com o doutor durante 5 anos permitiu que Viñales aprendesse muito e também desenvolvesse seu próprio estilo de pilotagem numa moto da categoria rainha.
Inicia o ano com uma vitória incontestável, mesmo largando mal na p3, logo superado pelas DUCATI, baixou a viseira e num misto de paciência, eficiência, inteligência e persistência terminou no lugar mais alto do pódio hoje: p1.
Fábio Quartararo #20, agora numa YAMAHA fábrica, terá novamente que demonstrar porque é um piloto que todas as equipes procuram, observado por sua performance em algumas provas desde 2019, quando foi chamado para o projeto Petronas YAMAHA.
Hoje, largou na p2, igualmente superado pelas DUCATI, travou batalha com Viñales, foi ultrapassado e superado também por outros pilotos – essa inconstância me incomoda como torcedor – e terminou na p5.
Valentino Rossi #46 e Franco Morbidelli #21, estranhamente não conseguiram repetir o desempenho dos treinos livres e classificação.
Largaram na p4 e p6 e terminaram na p12 e p18. (??)
DUCATI
Aqui temos 6 motos e todos os pilotos em casa nova, distribuídas entre DUCATI Lenovo Team, Pramac Racing, Esponsorama Racing e VR46 Esponsorama Racing.
Seus pilotos? Jack Miller e Francesco Bagnaia promovidos da Pramac, Johann Zarco que estava na Avintia e Jorge Martin que subiu da Moto2, Enea Bastianini campeão 2020 da Moto2 e Luca Marini vice 2020 da Moto2.
DUCATI é o motor mais forte e robusto da MotoGP e seus pilotos sabem que podem contar com um canhão em suas mãos, confirmamos esse fato na largada.
Bagnaia, Miller, Zarco e Jorge Martin engoliram as YAMAHA de Quartararo, Viñales e Rossi, antes da primeira curva, mas ao longo da prova, por conta também dessa força toda que exige freadas muito fortes, acabaram sendo superados por Viñales.
Bagnaia #63 sempre esteve atrás dos tempos de seu companheiro Miller nos treinos livres, fez a pole no Q2, largou bem e manteve a primeira posição.
Tentou abrir do segundo colocado, mas todo esse esforço sacrificou seus pneus nas frenagens, terminando na P3, depois de superar Joan Mir que estava na p2, apenas na reta de chegada.
Miller #43, muito rápido nos treinos livres, mas com algumas quedas, largou na p5, e com seu foguete passou as YAMAHA e terminou a primeira curva atrás de Bagnaia.
Novamente a trinca Motor X Freadas x Pneus fez a diferença para o australiano e a s DUCATI.
Foi superado pelas YAMAHA e depois pelas SUZUKI ao longo da prova.
Ficou na p9, atrás da Honda de Pol Espargaró, outro de casa nova.
O terceiro piloto DUCATI que gostaria de comentar é Johann Zarco #5.
O francês demonstra estar muito confortável com sua nova moto, largando na p5 e conquistando a p2 ao final da prova, porém, superando Bagnaia e Mir somente na reta de chegada.
O motivo foi o mesmo das outras DUCATI.
SUZUKI
A mesma dupla de 2020 permaneceu na casa, agora com o atual campeão Joan Mir na alça de mira de todos os outros concorrentes ao título.
Alex Rins #42 foi melhor que Mir nos treinos livres e passou ao Q2 nos tempos combinados.
Largou na p9, logo à frente de seu companheiro, da metade da prova para o final escalou o pelotão, mas no momento que foi ultrapassado por Mir tive a impressão que está apreensivo que o campeão atual se torne o primeiro piloto da SUZUKI.
Terminou atrás de Quartararo na p6.
Agora, a incógnita mesmo é Joan Mir #36, que venceu o campeonato 2020, mas não consegui entender ainda como funciona o fim de semana dele.
Pior que Rins nos treinos livres, precisou vencer o Q1 para se classificar na P10 no Q2.
Ressurgiu das cinzas na metade da prova, quando as SUZUKI melhoram de performance, também escalou o pelotão.
Passou Rins, brigou com as DUCATI na parte mista da pista, chegou a passar para segunda posição 3 curvas antes da bandeirada, p2 garantido?
Não, ao entrar na reta, foi novamente ultrapassado por Zarco e Bagnaia, o motor falou mais alto, teve que se contentar com a p4.
Será que Mir quis avisar que está vivo, porém prefere corrida que pole?
Não sei, o espanhol é um caso muito curioso, teve uma ascensão meteórica da Moto3 para MotoGP, passando um ano sem grandes conquistas na Moto2.
REFLEXÃO
Com base em tudo que escrevi acima, entendo porque Andrea Dovizioso foi vice campeão de Marc Márquez tantas vezes: além do talento natural do “formiga atômica”, sem uma moto que seja eficiente em TODOS os setores de cada pista, MOTOR apenas ronca mais alto.
Convido a acompanhar nossas redes sociais e comigo, @gilsonrc no Twitter, o @tomadadetempo.
Que venha a próxima corrida!
“Professor, Analista de Sistemas, apaixonado pela esposa e filhos e um grande torcedor dos esportes de velocidade. Uma pessoa de bem com a vida que gosta muito de conversar e entender a natureza humana” – Gilson é um parceiro/colunista voluntário do Tomada de Tempo e escreve sobre as mais diversas categorias de esporte a motor no Brasil e no Mundo!