Início Fórmula 2 FÓRMULA 2 – Detalhes gerais sobre a categoria – 2021

FÓRMULA 2 – Detalhes gerais sobre a categoria – 2021

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Fonte: fiaformula2.com

O surgimento e ascensão de Mick Schumacher na Formula 2, em 2019/2020, trouxe novos fãs e torcedores para aquele que é considerado o último degrau na carreira de um piloto antes de começar na F1. Mesmo com todo o apelo e fama da época da GP2 Series, a categoria que precede as etapas do Mundial nem sempre possui tanta visibilidade no território tupiniquim – algo que a Band aparenta querer mudar a partir deste ano.

Meu interesse recente na F2 começou em 2018, quando a saída (definitiva, desta vez) de Felipe Massa da Williams deixava o Brasil sem nenhum representante no campeonato. Eu descobri que Sérgio Sette Câmara era o conterrâneo mais próximo de chegar à F1 e, portanto, resolvi que acompanharia como pudesse as corridas. No fim, mal sabia dos resultados e só procurava uma ou outra notícia. Em 2019 voltei a ler um pouco sobre, mas passei a dar mais atenção depois do trágico acidente de Anthoine Hubert, e em 2020 consegui assistir algumas etapas e ter maior familiaridade com pilotos e equipes.

Com a chegada da F1TV ao Brasil e a mudança dos direitos de transmissão para a Band, aparentemente está mais fácil acompanhar a F2 em 2021. Sendo assim, por que não entender um pouco mais sobre o campeonato?

HISTÓRICO

Se antes a F2 era considerada apenas como “a categoria de acesso” à F1, hoje vemos um campeonato bem estruturado, com algumas diferenças de regulamento e, principalmente, como um laboratório para divisão principal.

Aliás, você pode se surpreender quando souber que a F2 é tão antiga quanto a F1: organizada pela FIA em um campo aéreo sueco, o GP de Estocolmo é considerado o primeiro evento projetado para corridas da “Formula 2” (lembre-se que a primeira corrida de F1 foi em 1946, em Turim, enquanto o primeiro campeonato foi organizado apenas em 1950). Naquela época, em pleno pós-guerra, a Federação já pensava em uma categoria mais barata e acessível aos pilotos “amadores” – em contraste com os veículos mais potentes, pesados e caros da Formula 1.

Pra resumir a parte histórica: se no início era a forma de novos pilotos buscarem sua carreira nos monopostos, logo a F2 passou a se misturar com a F1 e, quando a FIA percebeu, as “estrelas” do campeonato principal já a frequentavam constantemente. Os regulamentos mudaram, novas especificações foram utilizadas para distinguir os carros e, em 1967, teve início o Campeonato Europeu de Formula 2. Mais duas remodelagens depois (em 1985, com a criação da Formula 3000, e em 2004, com o sucesso GP2 Series) e, em 2017, a FIA recuperou o nome original planejando acabar com a Super Licença e criar um modelo sustentável de desenvolvimento dos pilotos, que incluía a criação da Formula 4 e também recuperação da Formula 3 (da qual vamos falar em alguns dias).

ESPECIFICAÇÕES

Segundo a FIA uma equipe de F2 custa, em média, incríveis 2% de uma equipe da F1. Se formos resumir as diferenças, imagine que todos os pilotos possuem carros similares (com chassis fabricados pela Dallara e motores V6 de 620 HP da Mecachrome) e características de segurança idênticas à F1.

Fonte: fiaformula2.com

As equipes também possuem menos integrantes, sendo vedada o uso de times diferentes aos pilotos – visando, teoricamente, a competição e dificultando o favorecimento intraequipe. Apesar disso, não é difícil ver alguns dos pilotos portando a logo de alguma Academia de Pilotos (ou, no caso da Alpine e RedBull, utilizando praticamente o mesmo design da equipe principal), bem como os amplamente relatados casos de “pilotos pagantes”.

REGULAMENTO

Aqui surge a grande diferença para a F1: temos apenas uma sessão de Free Practice nas sextas-feiras, seguida por uma sessão de 30 minutos de classificação. No sábado, temos duas sprint races de 120km ou 45 minutos (o que acontecer primeiro) para então, no domingo, acontecer a Feature Race (corrida principal) – logo antes da F1 – com 170km ou 1 hora.

Agora você se pergunta: “mas se só acontece uma classificação, o grid é sempre o mesmo nas 3 corridas?”. Pois é, aqui começa a salada:

  • Para a primeira sprint race, utiliza-se o Top 10 invertido da classificação de sexta;
  • Para a segunda sprint race, consideramos o Top 10 invertido do resultado da primeira corrida;
  • Para a Feature Race, vale o resultado da classificação de sexta.

A pontuação pode parecer meio bagunçada também, mas é o que dá graça para o campeonato. Nas duas corridas de sábado, o Top 8 pontua (15, 12, 10, 8, 6, 4, 2, 1), enquanto que a corrida de domingo segue a pontuação da F1 (Top 10 – 25, 18, 15, 12…). Além disso, a volta mais rápida de cada corrida recebe 2 pontos extras, desde que o piloto esteja no Top 10.

Com relação aos pneus: 6 jogos de pneus secos para cada final de semana, sendo 4 do Prime (mais duro, considerado como o padrão pela equipe) e 2 do Option (mais macio, uma “opção” dependendo das condições da corrida), além de 3 jogos de pneus para chuva.

CALENDÁRIO

Tendo 3 corridas por final de semana (e um total possível de pontos de 65 por corrida), é natural que o calendário da F2 seja mais enxuto (além, é claro, da questão financeira).

Utilizando os mesmos traçados da F1 e nos mesmos finais de semana, serão 10 etapas no calendário de 2021:

Fonte: fiaformula2.com

A transmissão, que este ano está a cargo da Band, acontecerá majoritariamente no canal fechado da emissora: o BandSports. Além disso, assinantes da F1TV poderão acompanhar todas as corridas ao vivo e seus respectivos replays.

Ah, e claro que o Tomada de Tempo irá acompanhar tudo.

EQUIPES E PILOTOS

Chegamos ao que interessa – e que, sendo sincero, é tanta coisa a se falar que eu resolvi fazer um post dedicado. Veja aqui!