UMA CURVA PARA CHAMAR DE SUA
Quando me perguntam porque gosto tanto de esportes a motor, respondo: pelas disputas.
A beleza de qualquer categoria do automobilismo, motovelocidade ou corrida aérea, está na competição justa, com equipamentos muito semelhantes ou pouco diferentes.
Valorizo muito mais que o pé, o braço, o cérebro e principalmente a emoção alimentada pela adrenalina prevaleçam sobre a tecnologia.
No sábado e no domingo assisti Motovelocidade (Moto3, Moto2 e MotoGP), NASCAR (Xfinity, Truck Series e Cup), F1 e a Copa Truck, ilustrada nesse post TDT.
Torço para ver disputas acirradas como a de Débora Rodrigues e Roberval Andrade na imagem abaixo, com José Augusto na espreita, na corrida 2 deste domingo em Goiânia.
Uma mulher e um homem com histórias distintas com as corridas, rosa e azul nas pinturas, observados por outro caminhão branco, a cor neutra.
Simplesmente três seres humanos que buscam o mesmo ideal, o prazer de pilotar um monstro de algumas toneladas e disputar quem passa primeiro na próxima curva.
JUNTOS E MISTURADOS
Nem sempre as disputas acabam em fila indiana.
Eu vi Roberval colocando seu caminhão por dentro da curva no final da reta dos boxes e acabar tocando em Débora Rodrigues que roda seu bruto e Jô Augusto bate de frente com ela, na disputa da curva.
Felizmente danos materiais que não impediram a vontade de continuar na corrida.
Situação de pista, pilotos sabem que pode acontecer e acredito que não desejariam estar em lugar diferente.
Como um balé, num rodopio ao acorde da música, o giro do caminhão nº 9 contrasta força e leveza.
Gente, é poético!
Precisa ser visto e revisto muitas vezes, em câmera lenta ou na velocidade natural.
Segurar um monstro desses não é para qualquer um, tem que ser muito corajosa e raçuda como essa mulher e depois voltar para a prova.
O caminhão azul acima é de Pedro Paulo, Roberval Andrade passou Débora e continuou buscando os ponteiros, com muita velocidade e arrojo, muitas vezes escorregando com as seis rodas nas curvas.
Como resultado Roberval terminou a corrida 2 do domingo com grid invertido, na 2ª posição, José Augusto conquistou a 9ª.
Quis o destino que Débora com o nº 9, homenageando seu marido que se restabelecia de problemas de saúde, o também piloto Renato Martins, abandonasse por problemas mecânicos faltando 9 voltas.
Beto Monteiro sagrou-se campeão desta Copa.
No sábado venceu as corridas 1 e 2, outro exemplo de um ser humano que não abandona as dificuldades, pois na corrida 2 largou na 8ª posição do grid invertido.
Parabéns copa Truck, parabéns Beto Monteiro, parabéns Roberval Andrade, parabéns Débora Rodrigues, parabéns torcedores…
Parabéns seus Brutos!
“Professor, Analista de Sistemas, apaixonado pela esposa e filhos e um grande torcedor dos esportes de velocidade. Uma pessoa de bem com a vida que gosta muito de conversar e entender a natureza humana” – Gilson é um parceiro/colunista voluntário do Tomada de Tempo e escreve sobre as mais diversas categorias de esporte a motor no Brasil e no Mundo!