Red Bull Air Race Acabou! Ou não, um até breve?
Aconteceu neste fim de semana em Chiba no Japão a última prova da história da Corrida Aérea, o Red Bull Air Race.
Três pilotos começaram os trabalhos com a possibilidade de vencer o campeonato: o checo Martin Šonka, campeão de 2018, com 67 pontos, o australiano Matt Hall com 61 e o japonês Yoshihide Muroya, campeão de 2017.
Detalhe do Round of 14
No Round of 14, Muroya não conseguiu uma volta perfeita e ficou amargando até o último duelo, a possibilidade de ser o primeiro dos menos rápidos, assim seguiria ao Round of 8. Sucesso.
Detalhe do Round of 8
Šonka não conseguiu se classificar durante o Round of 8 e assim permitiu uma situação interessante para Final: ou teríamos outro bi-campeão ou um campeão inédito.
Detalhe da Final
O canadense Pete McLeod foi primeiro a decolar para Final, no entanto não foi muito feliz, cortou um pylon e foi punido, ficando por enquanto com o pior tempo.
O segundo piloto a tentar a melhor volta foi o ídolo local Yoshihide Muroya. Buscando a vitória e o bi-campeonato, fez uma volta fantástica e cumpriu o trajeto em 58″. Assumiu a p1, McLeod p2.
O terceiro a entrar na pista foi o piloto americano Kirby Chambliss, campeão em 2004 e 2006 que fez volta em 59″. Muroya p1, Chambliss p2 e McLeod p3.
Chegou o momento tão esperado por Matt Hall. O australiano foi vice campeão em 2015, 2016 e 2018. Agora queria o campeonato.
Desde que não cometesse penalidades, o regulamento e os pontos estavam do seu lado, bastando chegar na p3.
Matt Hall faz uma volta conservadora, se cuidando para não errar, mas esse cuidado custou sua performance. Fez tempo de 1 min e ficou com a p3, suficiente para ser o último campeão da história do Red Bull Air Race.
Para se ter uma ideia da competitividade dessa categoria de esporte à motor, Matt Hall venceu o campeonato com 81 pontos
enquanto Muroya, mesmo vencendo a etapa, ficou com o vice-campeonato com 80 pontos.
Detalhe do Fim da Categoria
A Red Bull noticiou em maio que a categoria terminaria um 2019, depois de 13 anos, por culpa do pouco interesse do público?
Como assim? Pouco interesse? Acredito mais é que resolveram economizar seus investimentos em categorias esportivas, e não vejo erro nisso, empresas visam lucros.
Sou um apaixonado por aviação. Gosto de ler e assistir tudo que posso sobre aeronaves. Gosto de viajar de avião e ver todos os elementos das asas se movimentando.
Comecei a acompanhar as provas de “Corrida Aérea” em 2016 quando o piloto alemão Mathias Dolderer foi campeão e Matt Hall vice. Desde essa época torço por ele.
Estou chateado com a decisão pelo fim da categoria e espero que a Red Bull repense essa ação.
Acredito que um formato novo, com mais provas em mais países, com alteração ou acréscimo de manobras de acrobacia mesmo, poderia chamar mais público para o fim de semana do evento.
Quem sabe patrocínio da indústria aeronáutica e aeroespacial, também de outros patrocinadores?
Concordo que posso estar “viajando muito na maionese”, mas assim como Ícaro, não custa sonhar e ” Voar, voar, subir, subir…”, né?
“Professor, Analista de Sistemas, apaixonado pela esposa e filhos e um grande torcedor dos esportes de velocidade. Uma pessoa de bem com a vida que gosta muito de conversar e entender a natureza humana” – Gilson é um parceiro/colunista voluntário do Tomada de Tempo e escreve sobre as mais diversas categorias de esporte a motor no Brasil e no Mundo!