Salve salve fãs da NASCAR ! O esporte às vezes não é justo ou não atende o desejo da maioria, mas nesses momentos que alguns nomes, mesmo na derrota se erguem. A NASCAR viveu um exemplo dessa história na última etapa. Bristol, conhecido como o último Coliseu, é um oval de meia milha, curto, porém muito rápido, no qual o torcedor que estiver na arquibancada tem visão completa de toda a pista. É sensacional!
Sabemos que o momento é de decisão, pois restam poucas provas e poucas vagas para serem decididos os pilotos que passam aos playoffs e 39 carros espalhados num pequeno oval como esse seria sinônimo de emoção garantida, como foi.
Na pole e até aquele momento com três vitórias, Denny Hamlin#11 mostrava que a fama de não ser piloto decisivo ou de chegada é algo que ficou para trás. O piloto de 38 anos vive a melhor fase da carreira e para queimar a língua inclusive deste “Nascarzeiro”, é candidato ao título deste ano.
Muitos carros, pista curta, ninguém andando sozinho e no fim do primeiro segmento quem liderou foi Kyle Larson#42, e um pouco atrás, cruzando na P5, já chamava a atenção a boa prova que Matt DiBenedetto#95, piloto da pequena equipe Leavine Family Racing, vinha fazendo.
No segundo segmento, o destaque foi para a quebra de Kevin Harvick#4 que fazia boa prova. Como escrevo, corrida boa precisa ter risco de transmissão ou motor quebrarem, pneu furar ou acabar a gasolina. O imponderável faz a NASCAR ser ainda automobilismo raiz. Este segmento foi fechado com o irmão mais velho, Kurt Busch#1 na liderança, seguido por dois aspirantes às últimas vagas em disputa; Daniel Suarez#41 e Ryan Newman#6.
E como sempre, veio a melhor parte da corrida, o terceiro e último segmento, onde as estratégias mostram o resultado e ninguém alivia ou administra. Como consequência dos ânimos inflamados, as amarelas surgiram e envolveram muita gente “boa de serviço” : Truex Jr.#19, Bowman#88, Logano#22, Byron#24, Stenhouse Jr.#17 e Jimmie Johnson#48 são alguns dos nomes que se envolveram em incidentes.
Com isso Erik Jones#20 assumiu a ponta, sofrendo o ataque incisivo de DiBenedetto#95. Senhoras e senhores o Coliseu empurrava o Toyota 95 e Jones sentiu a pressão e foi para o muro. Faltando 100 voltas para o fim, Matt DiBenedetto liderava rumo a sua primeira vitória na Monster Cup e levava consigo a torcida de pessoas espalhadas pelo mundo da velocidade. Sabem aquelas duas vagas restantes, disputadas por Ryan Newman#6, Daniel Suarez#41, Clint Bowyer#14 e Jimmie Johnson#48? Pois é, em caso de vitória do piloto ítalo americano, ele se garantiria pelos critérios do regulamento e deixaria apenas uma vaga para os pilotos citados.
Vale lembrar que DiBenedetto, na apresentação dos pilotos, entrou com um roupão de boxe do icônico personagem “Rocky Balboa”. Nenhuma outra referência seria mais adequada. Um lutador que não desiste e tem a torcida da maioria do público. Esse é Matt “Balboa” DiBenedetto.
Tudo pronto para o conto de fadas se concretizar, só esqueceram de combinar com Denny Hamlin. O piloto do carro 11, que chegou a ficar duas voltas atrás, estava com pneus mais novos, e após uma disputa porta a porta com DiBenedetto, ignorou o belo desfecho que se desenhava, assumiu a ponta faltando 11 voltas para não largar mais e garantir sua quarta vitória na temporada.
A sensação final foi de uma prova com dois vencedores, pois o nome DiBenedetto teve mais repercussão do que o de Hamlin. Além da grande performance, o anúncio de sua demissão durante a semana da corrida, por questões de parceria entre equipes, trouxe mais destaque ainda ao piloto, mas até o momento, Matt está sem carro para 2020. Histórias do esporte…
Destaques finais : Já começaram os playoffs da ótima Truck Series e o atual campeão Brett Moffitt mostrou que títulos não vêm de graça, venceu a primeira e já garantiu presença na próxima fase. Quem gostaria de ver Moffitt subindo de divisão? Eu levantei a mão aqui. Na Xfinity Series, também em fase decisiva para as vagas, Tyler Reddick, atual campeão, deu o recado, venceu e mostra que vem forte para o Bicampeonato.
Agora restam apenas DUAS etapas para a definição das vagas na Monster. A “bolha” segue entre o 15º ao 18º. Porém a situação de Jimmie Johnson, o 18º, chega a ser desesperadora e acredito que apenas uma vitória coloque o heptacampeão na fase seguinte.
A Monster Cup volta no próximo dia 1º de setembro em Darlington. Até lá e viva a NASCAR!
E como diria Kal-El : “Para o alto e avante!!”
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“Mineiro de Belo Horizonte, kartista amador e cinéfilo, desde criança deixava claro sua paixão pelo esporte a motor. Seu sonho de ser piloto não passou de um sonho, então, durante a infância e adolescência passava os domingos vidrado na frente da TV para ver a F1 ou a Indy. Há poucos anos começou a disputar campeonatos de kart amador na grande BH, e sua paixão pelo esporte se fortaleceu e amadureceu. Acompanha com real interesse os principais campeonatos, ou seja, F-1, F-E, Indy, Nascar, F2, F3, Stock car, MotoGP e o que for esporte a motor de qualidade. Sua ideia é sempre contribuir para o crescimento desse esporte, que tanto encanta, seja pela tecnologia, pelo glamour e tradição ou por testar os limites da máquina e do homem” – Kojak é um parceiro/colunista voluntário do Tomada de Tempo e escreve sobre as mais diversas categorias de esporte a motor no Brasil e no Mundo, em especial NASCAR, F3 e F2!