No fim da última coluna eu deixei uma pergunta no ar. Teríamos um quarto vencedor na quarta corrida da temporada na Monster Cup da Nascar? Sim, tivemos. E o polêmico, mas excelente piloto Kyle Busch venceu sua corrida de nº 199, juntando as três divisões da Nascar, e está a uma vitória de igualar ao recorde de Richard Petty. “Buschinho” está bem perto de virar história.
Entendem porque ele ainda corre tanto pela Truck Series e pela Xfinity? Além de grana, tem o recorde. Aliás, no sábado ele já havia levado a vitória na “Série B” e, pra variar, vieram os comentários dos “Haters” de plantão : “no sábado com a garotada é fácil, quero ver no domingo com as feras!” E viram. Mas se sábado ele dominou boa parte da prova, no domingo não foi bem assim.
Num pequeno oval como o de Phoenix, a mistura de estratégias diferentes se acentua e faz muita diferença. Nas voltas finais tudo isso se transforma num cenário imprevisível de “pneu gasto x pneu novo”, ou, “medo de pane seca x pé embaixo”.
Prezado leitor, vou tentar resumir uma corrida em circuito oval na Nascar. O piloto deve sobreviver nos primeiros 2/3 da corrida, manter seu carro inteiro, não rodar, contar com a sorte para não ser pego por ninguém, preservar o equipamento e permanecer na mesma volta do líder, ficando bem posicionado no pelotão até o ultimo terço da prova, ou mais ou menos 50 voltas finais, nos casos dos ovais. Cumprido esse objetivo, ele estará na briga.
E foi assim que o pole position Ryan Blaney, a estrela Kyle Busch, o ascendente Aric Almirola e o ótimo Martin Truex Jr. chegaram às últimas voltas, inteiros, mas com estratégias diferentes e que decidiram a corrida.
Almirola no carro 10 (saudades Danica) liderou por um período, mas foi o primeiro a perder ritmo de corrida por gasto de pneus e combustível. No fim da prova, uma boa P4 para ele que largou na P14. As emoções mais fortes ficaram para o trio Blaney, Busch e Truex Jr. Blaney liderava e viu Kyle Busch se aproximar muito rápido. A diferença de rendimento? Na última parada nos boxes, Blaney trocou apenas dois pneus para sair mais rápido e Busch trocou os quatro. A aposta do piloto da Penske não vingou e ele não teve como combater o avanço do carro 18.
Pouco tempo depois, foi a vez de Martin Truex Jr. passar como se Blaney nem estivesse ali. P3 para ele no final. As últimas voltas foram de contagem regressiva. O que chegaria ao fim primeiro, a corrida ou a diferença entre Busch E Truex? O líder Busch jogaria na “banguela” se pudesse, e Truex Jr. tinha pneus em melhores condições e mais combustível, a diferença despencava a cada curva, mas não deu.
Acredito que se houvessem duas voltas a mais Truex Jr. seria o vencedor, mas “se” no esporte e nada é a mesma coisa.Vitória estratégica do nº 18 com Kyle Busch mostrando um início de temporada promissor.
Pergunta nova no fim da coluna: teremos um quinto vencedor na quinta etapa? E sigo na torcida pelo heptacampeão Jimmie Johnson que não vence desde junho de 2017. Hoje foi até razoável, uma P8. Mas, acorda J.J.!
E como diria Kal-El : “Para o alto e avante!!”
“Mineiro de Belo Horizonte, kartista amador e cinéfilo, desde criança deixava claro sua paixão pelo esporte a motor. Seu sonho de ser piloto não passou de um sonho, então, durante a infância e adolescência passava os domingos vidrado na frente da TV para ver a F1 ou a Indy. Há poucos anos começou a disputar campeonatos de kart amador na grande BH, e sua paixão pelo esporte se fortaleceu e amadureceu. Acompanha com real interesse os principais campeonatos, ou seja, F-1, F-E, Indy, Nascar, F2, F3, Stock car, MotoGP e o que for esporte a motor de qualidade. Sua ideia é sempre contribuir para o crescimento desse esporte, que tanto encanta, seja pela tecnologia, pelo glamour e tradição ou por testar os limites da máquina e do homem” – Kojak é um parceiro/colunista voluntário do Tomada de Tempo e escreve sobre as mais diversas categorias de esporte a motor no Brasil e no Mundo, em especial NASCAR, F3 e F2!