O WRC chegou à Suécia para a segunda etapa do campeonato, a única no calendário disputada inteiramente na neve, com o hexacampeão Sébastien Ogier (Citroën Total) no topo da tabela após sua apertada vitória em Monte Carlo, conquistada com apenas 2.2 segundos de vantagem sobre Thierry Neuville (Hyundai Shell Mobis).
SEXTA-FEIRA
Após a vitória de Neuville no Super Special Stage de quinta, seguido por Ogier e o norueguês Andreas Mikkelsen (Hyundai Shell Mobis), a ação tomou conta quando Ott Tänak (Toyota Gazoo Racing), Teemu Suninen (M-Sport Ford) e Elfyn Evans (M-Sport Ford) venceram 2 estágios cada.
As condições climáticas afetariam o piso, deixando muito mais aparente a terra existente sob a característica neve, e logo fariam suas vítimas: Neuville rodou seu i20 e teve danos estéticos que prejudicaram ainda mais seu desempenho; Ogier destracionou, perdeu controle do C3 e acertou um banco de neve, ficando preso e abandonando qualquer chance de vitória; Jari-Matti Latvala (Toyota Gazoo Racing), que quebrara o recorde de Carlos Sainz como o piloto com mais largadas no Mundial (197), também perdeu tração e, logo após um pequeno morro, ficou preso nos montes de neve.
Ao final do dia, Suninen – mesmo completando o SS8 sem a ajuda dos faróis auxiliares – surpreendeu a todos e tomou o topo da classificação geral pela primeira vez em sua carreira, abrindo boa vantagem sobre Tänak e Mikkelsen.
SÁBADO
Latvala começou a manhã de sábado exalando experiência ao vencer a SS9 com 5.2 segundos de vantagem para Tänak, porém não conseguiu manter o ritmo e foi perdendo rendimento até a SS14, quando novamente errou e travou em outro banco de neve.
Suninen, em uma mistura de inexperiência, ansiedade e péssimo terreno, destracionou na saída de uma curva do SS10 e ficou preso na neve, vendo sua liderança na etapa derreter.
A tão esperada SS11 chegou e, com ela, visitamos o trecho mais famoso do Rally da Suécia: Colin’s Crest, em homenagem ao mítico britânico McRae. Kris Meeke (Toyota Gazoo Racing) foi o vencedor do simbólico prêmio dado ao maior salto no ponto, alcançando incríveis 41 metros com seu Toyota Yaris.
Tänak, mostrando uma pilotagem consistente, assumiu a ponta da tabela e, vendo seus principais adversários com dificuldades na neve escandinava, alcançou 54.5 segundos de vantagem para Mikkelsen, com o finlandês Esapekka Lappi (Citroën Total) sendo o melhor colocado da esquadra francesa, na terceira colocação.
DOMINGO
As últimas três especiais suecas ainda guardavam o esperado Power Stage, porém a vitória de Tänak parecia garantida.
Neuville, mirando o pódio e a briga pelo título, veio forte nas duas primeiras especiais e alcançou o quarto e quinto lugar, respectivamente, garantindo importantes segundos para lutar pela terceira colocação geral.
No último estágio da etapa, o Power Stage – onde os cinco primeiros ganham pontuação adicional -, Tänak novamente voou e conseguiu excelentes 3.5 segundos de vantagem para Neuville, que mesmo descontando 1.4 segundos da vantagem de Lappi não conseguiu atingir o segundo espaço da classificação.
Com a vitória e a pontuação máxima no Power Stage, o estoniano Tänak assumiu a liderança do campeonato, com sete pontos de vantagem sobre o belga Neuville. Ogier, atual campeão, vem em terceiro seguido por Meeke e Lappi. No campeonato de construtores, glórias para a Toyota Gazoo racing, que ultrapassa a Hyundai Shell Mobis por apenas um ponto, acompanhadas por Citroën Total e M-Sport Ford.
O WRC volta no dia 07/03, quando abandona o frio sueco para receber o calor desértico do México.
“Tifosi, um dos pacientes do dottore Rossi, tricampeão da Nascar no Playstation, maluco por WRC e em relacionamento aberto com o Mundial de Endurance” – Kaiuã é um parceiro/colunista voluntário do Tomada de Tempo e escreve sobre as mais diversas categorias de esporte a motor no Brasil e no Mundo!