Após apresentar um desempenho muito bom em Santa Cruz do Sul e ter se ausentado da etapa do Velo Città, a equipe Satti Racing acabou de me confidenciar que o novo motor do protótipo MCR71 está em testes de mesa e já é o 2.0 8v turbo MAIS FORTE DA CATEGORIA!!
O engenheiro responsável pela usina, Carlos Amboni, se trata de uma lenda em motores de alta potência e durabilidade. O piloto detém quatro títulos brasileiros de arrancada, sendo eles nas categorias Força Livre e Dianteira T-A.
Em testes feitos hoje no dinamômetro, o projeto executado pela Amboni Racing com supervisão do gaúcho, confirmou ser uma evolução considerável do último setup usado pela equipe Satti Racing. Mesmo usando um motor 8v, o time se mostra disposto a extrair o máximo de cavalaria possível do projeto – a típica preparação raiz – podendo chegar perto dos 470cv.
A quesito de curiosidade e também para mostrar que o “nosso menininho” está devidamente alinhado, com essa nova configuração, devido a relação peso e potência, o protótipo que facilmente ultrapassava a marca de 260km/h em retas longas como as de Curitiba e Santa Cruz, poderá ter um acréscimo de até 35km/h em sua velocidade final, resultando em míssil com velocidade superior aos 292,5km/h em pistas de alta.
Animadíssimo com as novidades, o gaúcho Ian Ely contou para nós suas expectativas pós os testes in rolo “Estamos muito animados com o novo motor. Os testes iniciais mostram que ele apresenta entorno de 50% a mais de potência que o motor utilizado na última etapa em Santa Cruz do Sul. Nosso motor deverá impressionar a todos, possivelmente até nós!”
O novo setup do motor momentaneamente apresenta ser um pouco “defasado”, tendo em vista que atualmente na categoria GP1 quase todas as outras equipes utilizam um motor 2.0 turbo com cabeçote multi-válvulas, muito mais moderno e com fluxo superior, o que permite extrair grandes potencias com pequenas modificações e altas pressões de turbo.
Pode até parecer que a escolha por um motor 8v seja “ruim” para o time, já que os multi válvulas, fortes concorrentes do time, possuem potência superior ao time gaúcho. Sanando essa dúvida, Ian ao lado de Amboni, comentaram um pouco sobre essas diferenças e também o porquê da escolha.
“O regulamento permite que ao escolher o motor 8v possamos correr com 700 kg, contra 740 kg dos multi válvulas. Acreditamos que a diferença de peso compensa a menor potência. Essa escolha não é fácil, o projeto é muito mais complexo e exige um trabalho muito maior que os multi válvulas, além do risco de quebra ser maior. Só estamos indo por este caminho devido a incrível capacidade da Amboni Racing”.
“A Endurance subiu muito o nível este ano, o que era bom não é mais. Muitos carros melhoraram seu desempenho e o Porsche reinou na temporada 2017 com méritos. A temporada 2018 será ainda mais difícil, com novos carros de ponta estão chegando”.
“Nós não estamos satisfeitos com o atual rendimento do MCR71, e não vamos sossegar até que possamos competir com os ponteiros. Além do motor, estamos com eletrônica nova, logo contaremos com o novo cambio e além do outro pacote de atualizações que estão a caminho.
O teste de fogo da nova usina acontece na ultima etapa do DOPAMINA ENDURANCE, marcada para dia 28 de outubro em Tarumã. CLARO que estaremos com nossos representantes lá, trazendo a vocês tudo sobre a ultima etapa do Campeonato Brasileiro de Endurance.
Aspirante a escritor e futuro piloto, tenho uma admiração muito grande por Ayrton Senna, Rubens Barrichello e Jeff Gordon. Entusiasta de categorias como: Fórmula Truck, Stock Car, NASCAR, DTM, V8 australiana, entre outras. – Cardoso é um parceiro/colunista voluntário do Tomada de Tempo e escreve sobre as mais diversas categorias de esporte a motor no Brasil e no Mundo!