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BATE PAPO NAS PISTAS – Filho do lendário Ronaldo Ely, conheça Ian Ely – #BONUS700K

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Após a alegria de fazer parte de um dos maiores enduros do país, retorno ao Rio Grande do Sul com outra missão, apresentar a vocês o piloto Ian Ely, filho do lendário piloto gaúcho Ronaldo Ely.

Ian Ely em seu protótipo MRC na última etapa do Guacho de Endurance – Foto: Paolo Reis

Como diz o ditado “filho de peixe peixinho é” Ian seguiu os mesmos passos do pai, e com seu protótipo MCR Turbo – que remete a aparência do monoposto em que seu pai se sagrou campeão no ano de 1982 na Fórmula 2 – o gaúcho busca seu primeiro título no campeonato gaúcho de endurance – título que bateu na trave na temporada passada – defendendo as cores da equipe Satti Racing.

Já colocando o carvão na churrasqueira, começamos o nosso bate papo dessa tarde, falando um pouco sobre o início do piloto no automobilismo e como nasceu sua parceria com Daniel Claudino.

“Nós cursamos agronomia, e, churrasco é quase uma obrigação diária. A maioria das vezes fazíamos no apartamento da minha família, onde a churrasqueira era decorada com vários troféus e quadros do meu pai. Acho que daí surgiu a ideia de um dia competir.”

“Na época não passou de um comentário do tipo: “imagina só nós correndo”, vários anos depois aconteceu! O interessante é que o Daniel começou antes de mim, mesmo sem ter a tradição em casa.”

“Logo após isso eu comprei o protótipo MCR99 dos Hoerlle e imediatamente convidei o Daniel para vir conhecer o carro num treino. Não precisou de mais do que usa sessão para firmarmos a ideia de competir na Endurance. O 99 na nossa mão foi reformulado e hoje é o 71 em homenagem ao número que o pai usava no seu tempo.”

Ian é filho da lenda dos anos 80 Ronaldo Ely, piloto que competiu ao lado de nomes como: Ingo Hoffmann, José Fusetti, Amadeo Campos entre outros. Ronaldo também é “coach” de seu filho nas etapas do campeonato gaúcho de endurance, fato que por sua vez, deixa o jovem estreante muito feliz.

Seguimos com o piloto me contando um pouco sobre a “pressão” de ter uma lenda como seu pai, tão perto lhe passando todos os ensinamentos sobre as provas de longa duração.

“Isso no meu caso ajuda muito. Estamos rodeados de amigos “botas” da época de meu pai. Nosso box é constantemente frequentado por vários pilotos que fizeram história.”

“O Chico Feoli e o Cláudio Mueller fazem parte da nossa formação, ter contato com eles acelera muito nosso desenvolvimento. Junto do nome da família, herdamos a torcida.”

Ainda em fase de adaptação aos protótipos, o gaúcho em seu tempo livre se dedica aos treinos, visando melhores resultados, e, assim poder sonhar com título na classe GP1. Continuei – agora com o churrasco já a todo vapor – perguntando ao piloto o que ele espera para o Campeonato Gaúcho e também Brasileiro de Endurance.

“A temporada 2017 da Endurance Brasil e RS começou muito bem! O campeonato ganhou em qualidade e visibilidade com a entrada do patrocinador master DOPAMINA. Há o retorno de bons carros, e a adição de ótimos pilotos.”

“A primeira prova em Tarumã foi fantástica. O Ricardo Maurício pilotando um porsche foi sensacional, ter esse nível de pilotos e carros eleva todo o campeonato. A associação de pilotos da Endurance está fazendo um belo trabalho para elevar todo o espetáculo.”

“Nós com o MCR71 fizemos o dever de casa na pré-temporada, o carro foi totalmente desmontado, não sobrou um parafuso no lugar. Como muita coisa do carro é importada, algumas poucas peças não chegaram a tempo para a estreia, e foi justamente uma dessas que quebrou faltando sete minutos para acabar a prova, um ball joint da suspensão nos tirou o pódio.”

“Até o final do ano esperamos um upgrade importante, um novo câmbio que vai permitir aumentarmos significativamente a potência do carro.”

Além dos protótipos, Ian também possui outras aspirações dentro do esporte, para finalizar, pedi que ele me contasse um pouco sobre esses novos projetos e em quais categorias o piloto almeja estar em um futuro próximo.

“A situação do esporte no Brasil é muito difícil, o apoio é mínimo em termos de visibilidade e por consequência ter um patrocínio consistente é algo raro. Hoje meu plano é seguir competindo na Endurance, no maior número de provas possíveis.”

“Temos uma enorme vontade de participar um dia de alguma prova longa fora do Brasil, especialmente num time brasileiro, um sonho que espero realizar. Tenho muita vontade também de experimentar um F3.”

“Esse esporte é totalmente apaixonante, cada dia que passa tenho mais vontade de ficar dentro do carro.”

E após, assuntos acima dos 200km/h finalizo o nosso bate papo dessa tarde, agradecendo ao piloto e toda equipe Satti Racing, em especial o Ian, Daniel, Cintia Azevedo e todos os envolvidos no sucesso desse bate papo.

E você, gostou do nosso Bate Papo? Gostaria de conhecer mais sobre o piloto? Então siga em sua rede social:  Facebook e fique por dentro de todas as novidades do piloto na temporada 2017 do Gaúcho e Brasileiro de Endurance.

Tomada de Tempo, aqui a sua noticia é pole position.