Desde 2007, o brasileiro não pilota em competições oficiais. Mas isto não quer dizer que saiu do esporte! O piloto que praticamente baseou sua carreira na MotoGP e suas diversas classes, manteve-se ativo no mundo da motovelocidade com escola de pilotos e equipes na Moto1000GP e SuperBike Brasil.
O piloto teve a oportunidade de pilotar uma das motos da própria equipe (Alex Barros Racing) na última etapa da SuperBike de 2016, substituindo o italiano Sebastiano Zerbo. Para melhorar ainda mais a experiência, Alexandre Barros VENCEU a prova!
“Eu corri no ano passado, mas foi de supetão. Foi essa corrida que me levou a essa possibilidade de voltar. O impacto do meu retorno naquele dia em Interlagos foi muito grande. Eu não esperava isso. Estava sem piloto pela contusão do Pierluigi e o paddock repleto de convidados e patrocinadores. Resolvi defender o negócio e correr. Graças a Deus deu tudo certo e comecei a ter ideias. Naquele dia eu parecia uma criança” – Disse Alex Barros
E aí que em um evento da Honda no Brasil (11/04/2017), inclusive com a presença de Marc Márquez, Alexandre Cury – diretor da Honda no Brasil – anunciou o retorno de Alexandre às pistas, disputando o SuperBike Brasil 2017. A temporada começa em 23 de abril e Barros vai dividir o box com o argentino Diego Pierluigi pela Alex Barros Racing Team.
Além disso, a sua equipe que corria com motos da BMW até 2016, fechou a parceria com a Honda! Assim, Barros e Diego correrão com a CBR1000RR Fireblade da Honda.
“É um prazer muito grande retornar à casa da Honda, marca que defendi por 13 anos e depois de tanto tempo poder voltar a somar forças é muito gratificante. Espero poder atender a expectativa da marca e fazer um grande trabalho” – completa Barros
Então meu amigo, é aguardar dia 23 de abril de 2017 e conferir o retorno do grande Alexandre Barros! Nós do Tomada de Tempo estamos ansiosos! Veja o Calendário completo da SuperBike Brasil 2017!
CARREIRA E A MOTOGP
Barros começou sua carreira aos 8 anos de idade e ali já guardava títulos de minibikes. Ele foi campeão de 50cc e 250cc no Brasil. Logo em seguida, em 1986, o piloto começa sua extensa carreira internacional no Mundial de Motovelocidade – classe 80cc. Quatro anos depois já estava na classe principal – 500cc – pilotando pela Cagiva e tendo nada mais, nada menos que Randy Mamola, Ron Haslam e Eddie Lawson como companheiros na equipe. Na época, com 19 anos, torna-se o caçula na categoria. Nos 3 anos pilotando pela Cagiva, Barros conquistou 1 pódio e 1 volta mais rápida. Em 90 terminou o campeonato em 12º e em 91/92 em 13º lugar.
Em 1993, o brasileiro passou para a equipe oficial da Suzuki e tinha Kevin Schwantz como companheiro. Naquele ano, seu companheiro foi o campeão da temporada e Barros conquistaria sua primeira vitória na categoria. Alex terminou o ano em 6º no mundial e no ano seguinte em 8º. Em 95, Barros iniciaria sua caminhada pela Honda, onde ficou até 2002, mas em equipes privadas. Neste período, ele alcançou um 4º lugar geral nas temporadas de 1966, 2000, 2001 e 2002.
No ano seguinte, 2003, Barros passou à equipe OFICIAL da Yamaha e pela primeira vez como piloto #1 da equipe, mas não conseguiu muito mais que 1 pódio e apenas um 9º lugar no geral. Já em 2004, foi convidado para assumir, nada mais, nada menos que o lugar de VALENTINO ROSSI na equipe OFICIAL da Honda HRC. Mas, infelizmente, mesmo com um 4º lugar na temporada o piloto teve uma atuação discreta perto das expectativas da equipe. Assim, foi dispensado no final do ano.
A vitória de Barros em Motegi 2002 mostra que o piloto tinha sim bom ritmo de corrida! Caçou e venceu o campeão daquele ano, Valentino Rossi. Mas infelizmente a falta de constância nas provas não permitiu uma caminhada mais tranquila e efetiva na categoria. Veja abaixo o vídeo com a etapa de Motegi da MotoGP em 2002:
Voltando à linha do tempo, em 2005, Barros voltou às equipes privadas e novamente com a Honda. Naquele ano conquista sua última vitória, no GP de Portugal e no mundial acabou ficando em 8º lugar. Novamente dispensado e sem patrocínio, em 2006 Alexandre foi para a SuperBike, ficando em 6º lugar na classificação geral – Foram 6 pódios, sendo 1 vitória. Ano seguinte, 2007, o brazuka retorna pela última vez à MotoGP. Correndo por uma equipe satélite da Ducati (Pramac), Barros conseguiu 1 pódio em Mugello e chegou em 7º na última prova na categoria. No campeonato terminou em um discreto 10º lugar.
Ao todo, foram 7 vitórias na MotoGP (entre todas as classes que correu) e 32 pódios. Largou 276 vezes e somou 2123 pontos. Ainda conquistou 5 pódios e 14 voltas rápidas.
“Um Goiano, acolhido por Mineiros e apaixonado pela família e por esse SUL maravilhoso. Maluco e apaixonado por automobilismo (Fórmula 1, Stock Car, Turismo e as demais), o que não quer dizer especialista!” – Marcelo é o idealizador e um dos colunistas do Tomada de Tempo!